LISBOA, 23 Jan (Reuters) - A Bolsa de Lisboa deverá acompanhar as bolsas europeias numa abertura negativa, depois do tom proteccionsta do presidente norte-americano, no seu discurso de tomada de posse, minando o optimismo dos mercados quanto às promessas de estímulos económicos, nomeadamente de cortes de impostos.
Em Lisboa, as atenções mantêm-se focadas no Millennium bcp BCP.LS que continua a a negociar os direitos relativos ao aumento de capital.
* Os futuros do Euro STOXX 50 STXEc1 , do alemão DAX FDXc1 , do britânico FTSE FFIc1 e do francês CAC FCEc1 seguem com quedas entre 0,4 pct e 0,5 pct.
* O Nikkei japonês .N225 cai 1,1 pct enquanto as acções na Austrália caem 0,7 pct depois da administração Trump, no seu primeiro dia em funções, ter declarado a sua intenção de se retirar da Parceria Transpacífica (TTP), um pacto comercial de 12 países do qual também fazem parte a Austrália e o Japão. No seu discurso de tomada de posse, Trump prometeu acabar com aquilo a que chamou uma "carnificina americana" de fábricas enferrujadas e comprometeu-se a colocar a "América primeiro", estabelecendo duas simples regras - comprar americano e contratar americano. O índice PSI20 fechou na sexta-feira a ganhar 0,46 pct, face a uma Europa indefinida que aguarda pelo discurso do novo presidente dos EUA, apoiado no disparo das acções do BCP e dos direitos de subscrição ao aumento de capital deste banco.
* Os títulos do BCP subiram 10,37 pct para 0,1575 euros e os direitos dispararam 28,13 pct para 0,82 euros, impulsionados pela arbitragem de preço, após a CMVM ter proibido o 'shortselling'.
* A CMVM proibiu na sexta-feira as vendas a descoberto com acções do Millennium bcp no âmbito deste aumento de capital diluitivo, após os títulos terem descido 11,37 pct no dia anterior, que o regulador não pode excluir que tenha sido especulação.
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