Por Hyonhee Shin
SEUL, 18 Jun (Reuters) - As forças militares norte-americanas na Coreia do Sul não estão sujeitas às negociações entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos porque essa é uma questão da aliança entre EUA e os sul-coreanos, disse na sexta-feira uma importante autoridade do país.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse após o histórico encontro em Singapura com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, na terça-feira, que interromperia jogos de guerra “caros e provocativos” que as tropas do país conduzem na Coreia do Sul.
Ele também afirmou que eventualmente gostaria de trazer as tropas norte-americanas estacionadas no lado sul-coreano de volta ao país: “Isso não faz parte da equação. Em algum ponto, espero que faça”.
Cerca de 28,5 mil soldados norte-americanos estão na Coreia do Sul, um legado da Guerra das Coreias, de 1950 a 1953, que terminou com um armistício em vez de um tratado de paz, deixando as duas nações tecnicamente em guerra até hoje.
“Deixem-me ser claro. Não houve discussões ou mudança de posição na questão das tropas norte-americanas na Coreia do Sul”, disse a autoridade sul-coreana, que pediu para não ser identificada.
Mesmo antes do encontro, autoridades norte-americanas afirmaram que o futuro das tropas do país na Península das Coreias era algo que Seul e Washington ainda tinham de discutir.
No começo deste mês, o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, afirmou que o estatuto das tropas na Coreia do Sul não estaria na mesa de negociações durante o encontro entre Trump e Kim.
Mattis deixou a porta aberta para o assunto ser discutido no futuro por Seul e Washington, caso algumas condições sejam atendidas.
(Reportagem adicional de Idrees Ali em Washington)
Historia em ingles: para portgues por Sérgio Gonçalves)