Galp prudente nova ronda licitação Brasil, começa a estar caro - CEO

Publicado 29.07.2019, 16:04
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Por Sergio Goncalves

LISBOA, 29 Jul (Reuters) - A 'oil & gas' portuguesa Galp Energia GALP.LS vai adoptar uma postura prudente na próxima ronda de licitação de 'upstream' no Brasil, cujos activos começam a estar caros, disse o Chief Executive Officer (CEO) Carlos Gomes da Silva.

"(Quanto à) 'bid round' no Brasil, a principal afirmação é que vamos ter uma aproximação de uma maneira muito cuidadosa", afirmou numa conference call com analistas.

O governo brasileiro quer leiloar quatro áreas no pré-sal da Bacia de Santos, no leilão dos excedentes da cessão onerosa, podendo este 'auction' ocorrer em Outubro.

A intenção é que os activos a serem oferecidos façam unitização, ou seja, se liguem num só projeto, aos campos de Búzios, Itapu, Atapu e Sépia.

A Petrobras PETR4.SA está interessada em exercer o seu direito preferencial à apresentação de propostas em duas áreas, no leilão do excesso de óleo a partir da chamada área "transferência de direitos" (TOR). estatal brasileira disse estar interessada nas áreas de Búzios e Itapu, com base numa participação de 30% com chance de aumentar a participação no dia do leilão. O leilão pode resultar num bónus de assinatura de quase 21 mil milhões de reais (5,20 mil milhões de dólares).

"O Brasil começa a estar relativamente caro. Pode-se ver pelo bónus que tem sido relacionado com o regulador", disse o CEO.

Adiantou, a Galp tem de "ser prudente, garantindo elementos que são relevantes: ser capaz de ter retornos razoáveis, ser capazes de implementar parcerias sólidas e obteremos o acesso a activos com a dimensão certa".

"Assim, a complexidade dessa negociação é claramente um desafio para o resultado da opção (...) No entanto, temos esse interesse de ver o que está a acontecer em dois de nossos activos e analisar o que pode ser o desenvolvimento futuro desses dois ativos", afirmou.

A Galp participa no bloco BM-S-11A, Iara projeto, que é composto por três diferentes acumulações, designadas como Berbigão, Sururu e Atapu. A 'oil & gas' portuguesa também participa no bloco BM-S-24 que incorpora a área de Sépia Leste e a grande descoberta de Júpiter.

Firmado pela Petrobras e a União em 2010, o contrato de cessão onerosa garantia à empresa explorar 5 mil milhões de barris de petróleo em áreas do pré-sal pelo prazo de 40 anos e, em troca, a empresa antecipou o pagamento de 74,8 mil milhões de reais ao governo.

Desde 2013, o governo tem vindo a negociar uma adenda ao contrato, depois da Petrobras pedir ajustes devido à desvalorização do preço do barril de petróleo.

Em fevereiro, o conselho definiu a data de 28 de outubro para a realização do leilão.

Serão leiloadas as áreas de Atapu, Búzios, Itapu e Sépia, na Bacia de Santos. Na ocasião, foi definido que o vencedor deverá pagar à Petrobras uma compensação pelos investimentos realizados na área e, como contrapartida, adquirirá uma parte dos activos e da produção.

Estimativas apontam a possibilidade de excedente de 6 mil milhões até 10 mil milhões de barris de petróleo.

(Por Sérgio Gonçalves; Editado por Catarina Demony)

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