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Governo escolhe Paulo Macedo para CEO da estatal CGD, Rui Vilar 'chairman'

Publicado 02.12.2016, 14:53
Atualizado 02.12.2016, 15:00
© Reuters.  Governo escolhe Paulo Macedo para CEO da estatal CGD, Rui Vilar 'chairman'
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LISBOA, 2 Dez (Reuters) - O Governo escolheu Paulo Macedo, ex-vice presidente executivo do Millennium bcp BCP.LS e ex-ministro da Saúde, para assumir o cargo de Chief Executive Officer (CEO) da estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD), substituindo o actual CEO demissionário António Domingues, anunciou o Ministério das Finanças.

Adiantou em comunicado que escolheu para 'chairman' do maior banco de Portugal Rui Vilar, ex-ministro da Economia, ex-vice-governador do Banco de Portugal e ex-presidente do Conselho de Administração da CGD.

"O Governo decidiu convidar Paulo Macedo para CEO da CGD, tendo o convite sido aceite. Para Chairman da CGD foi convidado o Emílio Rui Vilar, convite esse que também foi aceite", referiu.

"O Governo está, em conjunto com Paulo Macedo e com Emílio Rui Vilar, a trabalhar na definição da composição do restante Conselho de Administração", acrescentou.

Frisou que "o processo de nomeação do novo Conselho de Administração da CGD segue assim o seu curso normal".

Em 27 de Novembro, o Presidente do Conselho de Administração (CA) e CEO da CGD apresentou a sua demissão, com efeito a partir de 1 de Janeiro, numa altura em que o banco estatal tem curso uma crucial operação de recapitalização de até 5.160 milhões de euros (ME). consequência, a agência DBRS colocou o 'rating' da CGD sob revisão com implicações negativas, sinalizando que pode atirá-lo para 'lixo', dados os crescentes riscos de governação, atraso na recapitalização e a dificuldade em melhorar a rentabilidade e a qualidade dos activos. Domingues, um ex-executivo do BPI BBPI.LS que teve o 'OK' do Banco Central Europeu (BCE) para liderar o maior banco de Portugal em meados de Agosto, acumulava as funções de 'chairman' e de CEO vai permanecer no cargo até ao fim de Dezembro.

Esta demissão seguiu-se a largas semanas de polémica com grande impacto político e mediático sobre a obrigatoriedade dos gestores públicos da CGD terem de entregar as suas declarações de rendimento e património ao Tribunal Constitucional (TC).

Em 25 de Agosto, a Comissária Europeia da Concorrência chegou a um acordo de princípio com Portugal para uma injecção de até 5.160 milhões de euros (ME) no capital da CGD, incluindo uma tranche directa de fundos do Estado de 2.700 ME e 1.000 ME 'levantados' através de obrigações subordinadas.

Entretanto, está a ser feita uma auditoria para apurar as imparidades da CGD e em consequência as reais necessidades de capital deste banco, em estreito contacto com o supervisor Banco de Portugal, BCE e Comissão Europeia.

O Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Ricardo Mourinho Félix, disse em 23 de Novembro que a emissão de 1.000 ME de obrigações subordinadas recebeu "respostas positivas" e a injecção dos fundos públicos no capital ocorrerá no primeiro trimestre de 2017.

A emissão das obrigações vai decorrer em dois períodos: 500 ME no momento da capitalização pública e 500 ME até 18 meses depois.

Os rácios Common Equity Tier 1 (CET 1) Phased-in e Fully Implemented calculados de acordo com as regras da CRD IV/CRR, alcançaram em setembro de 2016 os valores de 10,2 pct e 9,3 pct, respetivamente.

A CGD teve um prejuízo de 189,3 milhões de euros (ME) nos nove meses de 2016, face ao lucro de 3,4 ME há um ano atrás, penalizado por perdas em operações financeiras e uma redução das comissões, apesar da subida da margem financeira e do corte de custos. (Por Sérgio Gonçalves; Editado por Daniel Alvarenga)

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