💎 Veja as empresas mais saudáveis no mercado atualComeçar

Governo ganha influência em recuperação judicial da Oi

Publicado 02.09.2016, 18:07
Atualizado 02.09.2016, 18:10
© Reuters.  Governo ganha influência em recuperação judicial da Oi
PHRA
-
OIBRD
-
BBAS3
-
OIBR4
-

Por Guillermo Parra-Bernal e Ana Mano

SÃO PAULO, 2 Set (Reuters) - Tensões crescentes sobre o processo de recuperação judicial da Oi OIBR3.SA OIBR4.SA estão levando alguns detentores de bônus da operadora de telecomunicações a cortejar o governo brasileiro como um aliado contra vários investidores que eles veem como uma ameça à sobrevivência da companhia.

Credores privados e seus assessores têm se encontrado nas últimas semanas com membros do governo federal, executivos de bancos estatais e com a agência reguladora do setor, Anatel, sobre apoio contra investidores que podem tentar dividir a empresa no meio do processo de recuperação judicial, afirmaram à Reuters sete pessoas diretamente envolvidas no processo.

O impulso para encontrar apoio do governo vem depois das autoridades brasileiras se comprometeram em junho a manter distância quando a Oi pediu proteção contra falência diante do fracasso nas negociações para reestruturar a 65,4 bilhões de reais em dívidas.

As apostas são altas. A Oi é a maior operadora de telefonia fixa do Brasil, emprega cerca de 140 mil funcionários e é a única empresa de telecomunicações em 1.800 municípios do país, ou cerca de um terço dos 5.500 cidades brasileiras. Vários bancos estatais emprestaram bilhões de reais para Oi, o que leva os credores e autoridades do governo a discutirem as opções antes da apresentação do plano de recuperação da Oi esperado para a próxima semana. prevemos um plano em que os credores privados arcarão com perdas conforme o risco que assumiram e nenhum acionista predador prevaleça", disse uma autoridade senior do governo pedindo para não ser identificada. "O ideal seria que todos entendessem que a nova Oi deve prestar serviços com qualidade."

A opinião predominante entre os órgãos estatais é que alguns dos investidores ativistas que buscam o controle da Oi através de litígio querem que os bancos estatais que atuam como credores da operadora sofram perdas pesadas nos empréstimos concedidos - uma situação descrita como "preocupante" pela autoridade.

Um plano recente do investidor brasileiro Nelson Tanure e seus parceiros no fundo Société Mondiale FIA para derrubar parte do Conselho de Administração da Oi e apresentar uma proposta de recuperação paralela envolvendo a venda de alguns ativos não essenciais incomodou particularmente alguns membros do governo, disseram algumas das pessoas envolvidas.

Embora não exista nada de incomum em a Anatel querer que a Oi continue como um participante estável da indústria, ou em bancos estatais procurarem minimizar as perdas potenciais, o seu papel nos bastidores reflete a ajuda do governo para evitar interrupções de serviço, disseram as fontes.

Além disso, o mandato oficial da Anatel só permite barrar um concorrente que já é dono de uma operadora de telecomunicações existente no Brasil, o que não é verdade de qualquer um dos potenciais compradores conhecidos.

Com base no Rio de Janeiro, a Oi deve à Anatel e aos credores Banco do Brasil BBAS3.SA , Caixa Econômica Federal e BNDES um combinado de 20 bilhões de reais - o que faz do governo o segundo maior credor operadora depois dos detentores de bônus. Essa dívida inclui multas, empréstimos e taxas de licenciamento. Para um gráfico, clique http://tmsnrt.rs/2bTSB2b

Representantes da Anatel, do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, do BB, Caixa e BNDES não comentaram o assunto. Tanure, Société e Oi também não se manifestaram.

Em comunicado à Reuters, a maior acionista da Oi, a portuguesa Pharol PHRA.LS , afirmou que "está pronta para negociar com as diferentes partes que participam do plano de recuperação da Oi, desde que os direitos de todos os acionistas sejam preservados".

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.