LISBOA, 12 Ago (Reuters) - O governo português impôs o racionamento de combustível nas estações de serviço esta segunda-feira, quando os motoristas de matérias perigosas iniciaram uma greve e prometeu evitar que a acção laboral paralisasse o país no auge do turismo.
A greve em Abril foi o pior surto de agitação industrial em Portugal nos últimos anos. Os condutores de matérias perigosas decidiram parar de trabalhar pela segunda vez este ano, depois de conversações com os seus empregadores sobre melhores salários e melhorias dos direitos terem caído por terra.
O governo socialista declarou uma crise energética na sexta-feira, antes do início da greve, permitindo-lhe assegurar o plano de abastecimento a portos, hospitais, aeroportos e outros utilizadores prioritários.
O racionamento de combustível para o público restringe os motoristas a um máximo de 15 litros de gasolina ou diesel por abastecimento em estações especialmente designadas, cobertas pelo esquema de serviços mínimos elaborado pelo governo, e 25 litros no resto das estações.
De referir que algumas estações já estavam sem combustível esta segunda-feira de manhã, mas até ao momento havia poucas filas para abastecer.
O Sindicato Nacional dos Condutores de Materiais Perigosos (SNMMP), que convocou a greve, afirmou que iria cumprir os serviços mínimos, mas há preocupações de que possam falhar.
Texto original em inglês: de Catarina Demony,, Traduzido para português por Luis Alexandre Moreira em Gdynia Newsroom; Editado por Patrícia Vicente Rua em Lisboa)