LISBOA, 20 Fev (Reuters) - A TAP SGPS anunciou um prejuízo de 105,6 milhões de euros (ME) em 2019, face ao prejuízo de 118 ME registado em 2018, anunciou a empresa.
"Lucro de 14,1 ME no segundo semestre de 2019 atenua prejuízo anual de 105,6 ME", referiu o grupo em comunicado.
O forte investimento e os custos associados à entrada em operação dos novos aviões ajudam a explicar os prejuízos.
Realçou que a TAP foi a empresa que mais investiu em Portugal em 2019, um investimento superou a fasquia dos 1,5 mil ME, incluindo a compra de 30 aviões novos que permitiu a renovação de 70% da frota de longo curso.
Explicou que "o processo que envolve a gestão da entrada das 30 novas aeronaves e a saída de 18 antigas teve um impacto financeiro negativo de 55 milhões de euros no resultado do ano", contudo, "a renovação da frota foi determinante, no segundo semestre, para melhorar a eficiência (custo operacional mais baixo) e a satisfação do cliente".
A empresa realçou que o número de passageiros transportados cresceu 8% em 2019, face ao ano anterior, superando os 17 milhões, "consolidando a trajetória de crescimento dos últimos quatro anos".
"O EBITDAR cresceu 2,3x face a 2018, passando de 211,4 ME para 477,3 ME em 2019", explicou, frisando que a "margem EBITDAR aumentou para mais de dois dígitos, passando de 6,5% para 14,3%", frisou.
Adiantou que o resultado operacional passa de prejuízo de 44 ME em 2018 para lucro de 58,6 ME em 2019, "reflexo da consolidação da eficiência nos custos e recuperação da receita no segundo semestre, gerando um incremento de 102,6 ME no lucro operacional".
A empresa lembra, contudo, que "a falta de investimento na capacidade do aeroporto de Lisboa e o congestionamento do espaço aéreo tiveram o efeito contrário e impactaram negativamente em aproximadamente nove pontos percentuais a pontualidade da operação da TAP, tendo sido penalizada com um custo por passageiro em termos de indemnizações por irregularidades de mais do dobro do benchmark ibérico".
"Em 2019 a TAP foi penalizada entre 30 milhões de euros a 35 milhões de euros em resultado da ineficácia da infraestrutura", vincou. (Por Patrícia Vicente Rua)