"Nem pomba, nem falcão", foi assim que Christine Lagarde se apresentou na primeira conferência de imprensa logo após o primeiro conselho de governadores a que presidiu enquanto dirigente do Banco Central Europeu (BCE).
Como manda a tradição, leu o comunicado mas acrescentou diversas considerações e a informação de que terá o seu próprio estilo.
Lagarde anunciou o início dos trabalhos de revisão estratégica da instituição já em janeiro. "Com efeito, a revisão estende-se igualmente às principais alterações ocorridas ao longo dos últimos 16 anos, desde a última revisão. Nisso incluo a enorme mudança tecnológica que as nossas sociedades estão a enfrentar. Incluirá o imenso desafio das alterações climáticas para todos e cada um de nós. Incluirá aspetos de desigualdade que estão certamente a aumentar nas nossas economias".
Um dos grandes desafios da estratégia é a implementação da moeda digital. O BCE espera ter identificado os objetivos do grupo de trabalho até meados de 2020. Lagarde defende que o Banco deve tomar a dianteira nesta matéria.
Os ministros das Finanças disseram na semana passada que não haverá moeda digital enquanto não forem identificados todos os riscos.