Por Tom Miles
GENEBRA, 29 Jun (Reuters) - O indicado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao cargo mais alto de imigração na Organização das Nações Unidas (ONU) foi veementemente rejeitado nesta sexta-feira após uma candidatura marcada por um histórico de publicações nas redes sociais depreciando muçulmanos e ofuscada pelas políticas de Trump em relação aos imigrantes.
Ken Isaacs, vice-presidente da organização de caridade evangélica norte-americana Samaritan's Purse, ficou em último na corrida à liderança da Organização Internacional para as Migrações (OIM), atrás de Laura Thompson, da Costa Rica, e Antonio Vitorino, de Portugal, o eventual vencedor da disputa.
"O papel da Organização Internacional para as Migrações é fundamental, é fundamental para construir pontes entre países, e países que têm diferentes níveis de desenvolvimento econômico", disse Vitorino, ex-comissário europeu, a repórteres após ser eleito.
Isaacs disse que parabenizou Vitorino e que foi uma honra concorrer como candidato dos EUA. Ele se negou a comentar sobre o motivo de ter perdido na votação secreta de Estados membros da OIM.
Uma autoridade do Departamento de Estado norte-americano disse que todos os três candidatos eram altamente qualificados.
"A OIM é uma importante parceira dos Estados Unidos ao redor do globo e nós estamos comprometidos em trabalhar com a OIM para responder as causas da imigração e para promover imigração segura e legal", disse a autoridade.
A corrida à liderança aconteceu em um momento crucial para políticas globais de imigração, ao passo que Trump vem recebendo críticas por sua política de "tolerância zero" na fronteira com o México e a União Europeia luta para encontrar unidade sobre como lidar com fluxo de entrada de imigrantes, em maioria africanos, no Mediterrâneo.