Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO, 9 Set (Reuters) - Analistas do Itaú BBA calculam um ganho de margem Ebitda de 0,9% para a Minerva BEEF3.SA e de 0,4% para a Marfrig MRFG3.SA com a habilitação de novas fábricas das empresas para exportar carnes para a China anunciada nesta segunda-feira, conforme nota distribuída a clientes.
O Ministério da Agricultura do Brasil informou nesta segunda-feira ter recebido comunicação sobre a liberação de 25 novos estabelecimentos do país para exportações de carnes ao mercado chinês, entre elas fábricas das duas empresas, além da BRF BRFS3.SA , entre várias outras. volta de 13:25, as ações da Marfrig subiam 7,12%, maior alta do Ibovespa .BVSP , que tinha acréscimo de 0,7%. BRF valorizava-se 2,73%. Minerva, que não está no índice, subia 6,1%. JBS JBSS3.SA , que não teve novas habilitações nesta tranche, cedia 1,4%.
Os analistas do Itaú BBA destacam que as duas fábricas autorizadas da Minerva combinadas - Rolim de Moura (RO) e Palmeiras de Goiás (GO) - representam cerca de 13% da capacidade total de abate da empresa, e assim estimam um ganho de margem Ebitda de 0,9% para os números consolidados da companhia.
"Conforme nosso cálculo, poderia haver um prêmio de preço de cerca de 7% à capacidade adicional permitida para exportar para a China", acrescentaram.
No caso da Marfrig, eles observam que as duas unidades liberadas - Tangará da Serra e Várzea Grande (MT) - respondem por cerca de 20% da capacidade da divisão brasileira da companhia e estimam ganho de margem Ebitda consolidado de 0,4%, que sobe a 1,4% se considerada apenas a divisão brasileira.
Para BRF, as duas plantas - uma de frango e uma de suínos - em Lucas do Rio Verde (MT) liberadas representam cerca 5% de sua capacidade total de abate de aves e ao redor de 15% de sua capacidade de abate de suínos, segundo os analistas. Eles destacaram que os preços de exportação de aves e suínos para a China têm um prêmio de cerca de 30% e 25%, respectivamente, em relação aos preços de exportação para Hong Kong. (Edição Alberto Alerigi Jr.)