LISBOA, 30 Out (Reuters) - O lucro atribuível da Jerónimo Martins JMT.LS manteve-se 'flat' nos 112 milhões de euros (ME) no terceiro trimestre de 2018, apesar da subida das vendas, importante sobretudo na polaca Biedronka que enfrenta um ambiente fortemente competitivo e operacional difícil, anunciou a empresa.
A Jerónimo Martins - número dois do retalho em Portugal e a maior retalhista alimentar da Polónia - adiantou que as vendas consolidadas cresceram 4,8 pct para 4.374 ME e o EBITDA-lucro antes de juros, importos, depreciações e amortizações aumentou 3,8 pct para 263 ME.
Na polaca Biedronka, as vendas, em moeda local, cresceram 3,7 pct no terceiro trimestre de 2018, com as vendas 'like-for-like' a aumentarem 0,8 pct.
Em Portugal, no Pingo Doce, as vendas aumentaram 6 pct, mas com o 'LFl' excluíndo combustível a subir apenas 4,6 pct, enquanto no Recheio subiram 3,6 pct e o LFL aumentou 4,9 pct.
A margem EBITDA da Biedronka fixou em 7,2 pct no final no terceiro trimestre de 2018, em linha com o período homólogo.
"O desempenho da margem EBITDA da Biedronka foi alcançado num cenário fortemente competitivo e apesar da pressão dos salários e das mudanças operacionais para se adaptar aos efeitos da proibição do comércio ao Domingo", referiu a empresa.
Explicou que "este desempenho reflete a eficácia da gestão do mix de margem e a disciplina de custos da companhia".
No computo dos nove meses de 2018, o lucro atribuível aumentou 2,4 pct para 292 ME, as vendas cresceram 7,3 pct para 12.800 ME e o EBITDA subiu 6 pct para 709 ME.
"Na Polónia, mantemos uma expectativa positiva face às envolventes económica e de consumo", disse o CEO Pedro Soares dos Santos.
Adiantou que "a Biedronka continuará a ajustar-se às mudanças do padrão semanal de vendas resultantes do encerramento de lojas ao Domingo".
"A companhia está particularmente focada em reforçar a sua posição de mercado, enquanto preserva a eficácia e eficiência do modelo de negócio", disse.
Na Colômbia, a Ara concluirá o seu ambicioso plano de expansão para 2018 com a abertura de cerca de 65 lojas no último trimestre, afirmou o CEO.
"Reiteramos, assim, o guidance anteriormente divulgado relativo às perdas combinadas da Ara e da Hebe que, ao nível do EBITDA, deverão ser ligeiramente inferiores às de 2017, a taxas de câmbio constantes", disse.
Prevê que o capex do Grupo no ano ascenda a 700-750 milhões de euros, frisando que "este nível de investimento nos negócios novos e nos já estabelecidos reflecte o forte progresso até agora registado e a nossa confiança nos planos que temos para o futuro".
(Por Sérgio Gonçalves; Editado por Catarina Demony)