Por Luciano Costa
SÃO PAULO, 31 Ago (Reuters) - O leilão de energia A-6 realizado pelo governo federal nesta sexta-feira fechou com a contratação de 2,1 gigawatts em capacidade instalada a um preço médio de 140,87 reais por megawatt-hora, em empreendimentos eólicos, hidrelétricos e termelétricos a gás e biomassa, mostraram dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O certame contratou 11 projetos hidrelétricos, 48 usinas eólicas, duas térmicas a biomassa e uma usina a gás natural, que devem demandar investimentos de 7,68 bilhões de reais.
Entre os vencedores do certame, que negociou usinas para entrada em operação em 2024, aparecem elétricas como a CPFL Renováveis CPRE3.SA , com uma pequena hidrelétrica de 28 megawatts, a EDP (SA:ENBR3) Renováveis, com 11 usinas eólicas que somam 429 megawatts, e a Eneva ENEV3.SA , com uma termelétrica de 363 megawatts.
No total, sagraram-se vencedores na licitação projetos eólicos com capacidade de 1,25 gigawatt, enquanto as hidrelétricas somaram 457,8 megawatts e as usinas à biomassa representaram 28,5 megawatts.
Entre térmicas a gás, apenas o empreendimento da Eneva venceu, e não houve contratação de plantas a carvão.
As eólicas deverão receber investimento de 5,8 bilhões de reais, seguidas pela térmica a gás da Eneva, com aporte estimado de 1,09 bilhão, e as hidrelétricas, com 712,5 milhões. Os projetos à biomassa deverão receber cerca de 48 milhões.
As usinas mais baratas do leilão foram as eólicas, que chegaram a negociar energia a 79 reais por megawatt-hora, um deságio de 65,2 por cento ante o preço-teto definido para a fonte no certame, de 227 reais.
O valor ficou abaixo do registrado no último leilão A-6, em dezembro passado, que chegou a 97 reais, e se aproximou do recorde histórico das licitações, de 67,60 reais, no leilão A-4 de abril. (Por Luciano Costa; edição de Roberto Samora)