Investing.com – A bolsa de Lisboa não conseguiu corrigir a tendência depressiva registada a meio da jornada e terminou a sessão no “vermelho”, em linha com as congéneres europeias.
Com os investidores de olhos postos na apresentação de resultados empresariais, o PSI 20 perdeu 0,11% para os 5.730,86 pontos, com sete cotadas em alta, 12 em baixa e uma inalterada. O setor da banca, que puxava ao início da sessão desta quinta-feira pela praça nacional, não conseguiu impedir as perdas.
A jornada terminou com uma queda de 1,89% para os 0,052 euros por ação no caso do Banif. Um comportamento semelhante ao verificado no BCP. Apesar de se tornar conhecido que os lucros do Bank Millenium aumentaram 15% nos primeiros seis meses do ano, para os 61 milhões de euros, os títulos do banco recuaram 1,03% para os 0,096 euros.
As ações do BPI subiram 2,42% para os 1,017 euros. Ontem, o banco anunciou um resultado líquido de 58,9 milhões de euros no primeiro semestre, superando as previsões dos analistas. Os números representam uma quebra de 30,7% em relação aos 85,1 milhões de euros conseguidos em igual período do ano anterior.
Com a apresentação de resultados prevista para amanhã, o BES registou uma subida de 2,4% para os 0,724 euros. A impedir maiores ganhos em Lisboa estiveram a Jerónimo Martins, a cair 0,83% para os 16,1 euros e a Mota-Engil a ceder 0,78% para os 2,79 euros.
O setor das telecomunicações também estava em queda, com destaque para a Portugal Telecom a recuar 1,38% para os 2,85 euros e para a Zon Multimédia a ceder 0,49% para os 4,04 euros por ação. Os títulos da Sonaecom estavam em alta de 1,65% para 1,79 euros.
No setor energético a EDP Renováveis também recuava 0,53% para os 3,77 euros, mas as ações da casa mãe, que hoje mostrou números ao mercado, avançavam 0,4% para os 2,53 euros. O lucro da EDP aumentou 4% no primeiro semestre deste ano, face a igual período do ano passado, para 603 milhões de euros. A Galp desvalorizava 0,33% para os 12,075 euros por ação.
Lá fora, a jornada também foi negativa para as praças de referência do velho continente, com os mercados a refletirem os resultados desapontantes da gigante química BASF ou da Unilever. O índice Eurostoxx 50 cedeu 0,43% para os 2.740,29 pontos.
O DAX alemão cedeu 1,01%, apesar de o Instituto de Investigação Económica alemão, IFO, ter anunciado que a confiança empresarial aumentou na país pelo terceiro mês consecutivo em julho, com as empresas a mostrarem um “otimismo cauteloso”.
O CAC francês cedeu 0,17% e o FTSE londrino 0,49%. Também hoje se ficou a saber que a economia do Reino Unido progrediu 0,6% no segundo trimestre de 2013, face aos três meses anteriores.
O MIB italiano cedeu 0,07%. Espanha era exceção com uma subida de 1,12%, animada pela notícia de que a taxa de desemprego do país desceu para 26,26% da população ativa no segundo trimestre, menos 0,9 pontos percentuais do que o valor do primeiro trimestre.
Do lado de lá do Atlântico, Wall Street acordou sem tendência definida, em dia de divulgação de números sobre as encomendas de bens duradouros nos Estados Unidos.
Os investidores procuram sinais que permitam perceber quais serão as próximas decisões da Reserva Federal em matéria de política monetária.
Em junho, as encomendas de bens duradouros aumentaram em 4,2% após o crescimento revisto de 5,2% observado em maio. Por outro lado também hoje se ficou a saber que na semana passada o número de pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos EUA cresceu em sete mil para 343 mil. Neste contexto, o índice industrial Dow Jones cedia 0,44% à semelhança da queda de 0,22% do S&P 500. O tecnológico Nasdaq avançava 0,11%.