LISBOA, 5 Jan (Reuters) - A 'private equity' Lone Star vê "enorme potencial" no Novo Banco, vai trabalhar "incansavelmente" para selar a compra e está disposta a injectar o capital necessário para garantir que o 'good bank' continuará um pilar forte do sector, disse Oliver Brahin, Presidente da Lone Star para a Europa.
O Banco de Portugal anunciou ontem à noite que a 'private equity' dos EUA é a melhor posicionada para vencer a corrida à compra do Novo Banco e vai entrar em negociações aprofundadas, apesar do processo negocial prosseguir com os outros candidatos disponíveis a melhorar ofertas. continuar a trabalhar incansavelmente com o Banco de Portugal, o Fundo de Resolução e o governo português para assegurar um acordo final para apoiar a reestruturação do Novo Banco, para um benefício de longo prazo dos seus clientes, colaboradores, credores e da economia portuguesa em geral", disse Oliver Brahin, em comunicado.
"Estamos muito otimistas sobre Portugal e sobre o futuro da economia do país e procuraremos disponibilizar o capital, recursos e os conhecimentos necessários para garantir que o Novo Banco continue a ser um pilar forte do sistema bancário português, com especial enfoque no mercado interno".
Portugal está numa corrida contra o tempo para vender o 'good bank' que nasceu dos escombros do Banco Espírito Santo (BES), 'resolvido' em 2014, pois Bruxelas fixou Agosto como prazo limite para a venda.
O Presidente da Lone Star para a Europa disse reconhecer "que o Novo Banco tem um enorme potencial por explorar, pelo que iremos investir no Banco - no seu negócio e nas suas pessoas - e aplicar a experiência que temos no fortalecimento de bancos em toda a Europa para o posicionar para um futuro de sucesso".
"Compreendemos a importância de dar os passos necessários, em parceria com todos os stakeholders do Novo Banco, para ajudar a restabelecer a saúde financeira da instituição, numa perspectiva de longo prazo".
Referiu ainda que conhece "bem" Portugal e a Península Ibérica, onde a Lone Star já investiu em empresas, ativos e carteiras de crédito valorizadas em mais de 7.000 milhões de euros.
Desde a sua fundação em 1995, a Lone Star organizou 17 fundos com compromissos agregados de capital na ordem dos 70.000 milhões de dólares.
A 'private equity' tem uma carteira de crédito imobiliário comercial português e espanhol de 4.400 milhões de euros e investiu "muitos milhões de euros" em Vilamoura.
O Governo disse hoje esperar que o aprofundamento das negociações para a venda do Novo Banco, anunciado ontem pelo Banco de Portugal, permita concluir rapidamente a operação e garanta a estabilidade da instituição financeira. L5N1EV37S
(Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)