SÃO PAULO, 17 Mai (Reuters) - Veja como fecharam nesta quinta-feira mercados financeiros no Brasil, Estados Unidos e Europa, além das movimentações nas cotações de petróleo, soja e açúcar.
BOVESPA- Índice recua 3% e tem maior queda em um ano com forte correção disparada por Copom
A bolsa brasileira fechou em forte queda nesta quinta-feira, conforme a manutenção da taxa básica de juros do país, contrariando expectativas de corte, pressionou ações de consumo e abriu espaço para um ajuste negativo amplo no pregão, endossada pelo viés pessimista em outros mercados emergentes. O Ibovespa .BVSP caiu 3,37 por cento, a 83.622 pontos, maior queda desde maio do ano passado. O volume financeiro da sessão somou 17,278 bilhões de reais, bem acima da média diária do mês, de 12,6 bilhões de reais. No exterior, o índice MSCI de ações de mercados emergentes .MSCIEF caiu 0,95 por cento.
Dólar tem quinta alta seguida e termina em R$3,70 com cenário externo
O dólar não conseguiu sustentar a queda da abertura, em resposta à manutenção da Selic em 6,50 por cento ao ano definida na véspera pelo Banco Central, e terminou mais uma sessão, a quinta seguida, com valorização e na casa de 3,70 reais, o maior nível em mais de dois anos. O dólar BRBY avançou 0,62 por cento, a 3,7012 reais na venda, maior nível desde os 3,7391 reais de 16 de março de 2016. Foi o quinto pregão em alta, período no qual acumulou elevação de 4,39 por cento.
DIs têm forte alta após BC surpreender; mercado avalia alta da Selic à frente
As taxas dos contratos futuros de juros de curto prazo terminaram com forte alta nesta quinta-feira, num movimento de correção depois que o Banco Central contrariou as expectativas e manteve em 6,50 por cento a Selic na véspera, encerrando o ciclo de afrouxamento monetário antes do esperado diante do cenário externo mais difícil.
EUA- Wall St fecha em leve queda por preocupações com comércio e preço do petróleo
Wall Street encerrou uma sessão volátil em queda nesta quinta-feira, com investidores enfrentando crescentes tensões comerciais e elevação nos preços do petróleo. O índice Dow Jones .DJI caiu 0,22 por cento, a 24.714 pontos, enquanto o S&P 500 .SPX perdeu 0,085584 por cento, a 2.720 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq .IXIC recuou 0,21 por cento, a 7.382 pontos.
EUROPA- Índices avançam com petróleo e acordo da Ocado
Os mercados acionários europeus avançaram nesta quinta-feira para nova máxima de três meses e meio com o avanço das ações de petróleo e o salto nos papéis da Ocado depois de a empresa de supermercado online firmar uma acordo de parceria nos Estados Unidos.
O índice FTSEurofirst 300 .FTEU3 subiu 0,62 por cento, a 1.553 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX ganhou 0,66 por cento, a 396 pontos.
Brent fecha estável após máxima desde 2014 acima de US$80 o barril
Os preços dos petróleo Brent escalaram acima dos 80 dólares o barril nesta quinta-feira pela primeira vez desde novembro de 2014, antes de recuarem pela força do dólar e aumento na produção dos Estados Unidos, fechando praticamente estáveis. Os futuros do petróleo Brent LCOc1 devolveram a maior parte dos ganhos para fechar em alta de 0,02 dólar, a 79,30 dólares por barril. Já os futuros do petróleo dos EUA (WTI) CLc1 ficaram inalterados a 71,49 dólares o barril.
SN8 , MILHO CN8 , TRIGO WN8
Trigo tem alta pelo 3º dia seguido em Chicago; milho e soja recuam
Os contratos futuros do trigo negociados na Bolsa de Chicago subiram nesta quinta-feira, seu terceiro dia consecutivo de ganhos, por receios de que o tempo adverso vai levar a quedas nas safras em importantes áreas produtoras ao redor do mundo, disseram operadores. Os futuros da soja tiveram queda, pressionados por novas preocupações com as exportações dos Estados Unidos. Os futuros do milho também fecharam mais baixos devido a liquidação de posições compradas por fundos.
SBc1 , CAFÉ KCc2
Futuros do açúcar bruto recuam de máxima de duas semanas; café avança
Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE recuaram do seu mais alto nível em quase duas semanas nesta quinta-feira, na medida em que as vendas por produtores compensavam as coberturas de vendidos por fundos, enquanto os futuros do café tiveram altas.
(Por Isabel Marchenta; Edição de Iuri Dantas)