Por Claudia Violante
SÃO PAULO, 17 Jul (Reuters) - O dólar operava com leves oscilações ante o real nesta segunda-feira, favorecido pelos dados mais fortes da economia chinesa, que elevaram a busca por ativos de risco, e em meio ao ambiente político doméstico mais calmo.
Às 10:11, o dólar BRBY recuava 0,01 por cento, a 3,1846 reais na venda, depois de ter cedido 2,88 por cento na última semana. O dólar futuro DOLc1 tinha leve alta de 0,05 por cento. boas notícias da China fortalecem a leitura positiva para ativos de maior risco", informou a corretora H.Commcor em relatório. "A arena política nacional está mais calma, com o recesso (parlamentar)", acrescentou.
O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre da China avançou 6,9 por cento na comparação com o mesmo período do ano anterior, mais rápido que o esperado e em linha com o crescimento do primeiro trimestre. Além disso, a produção industrial do país cresceu 7,6 por cento em junho em relação ao ano anterior, acima do esperado. isso, os preços das commodities avançavam no exterior, favorecendo as moedas de países exportadores. O dólar caía em relação ao peso chileno CLP= e operava praticamente estável ante uma cesta de moedas .DXY .
Ainda no exterior, ajudava na calmaria as percepções de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não deve elevar os juros além do esperado, ajudando a reter recursos em outras praças, como a brasileira.
Internamente, o clima político trazia mais tranquilidade aos mercados. O Congresso Nacional entra em recesso a partir desta terça-feira, o que pode esfriar um pouco a crise política, embora os investidores seguissem monitorando o noticiário, aguardando nova denúncia contra o presidente Michel Temer.
"O cenário de elevada liquidez permanece, mantendo o dólar oscilando próximo de 3,20 reais", avaliou a SulAmérica Investimentos em relatório.
O Banco Central realizará nesta sessão novo leilão de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para a rolagem dos contratos que vencem em agosto. (Edição de Patrícia Duarte)