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LISBOA, 6 Mar (Reuters) - A Impresa IMPA.LS , dona dosemanário Expresso e da SIC, teve um prejuízo de 21,6 milhões deeuros (ME) em 2017, penalizada por imparidades com a venda doportfolio de revistas, anunciou a empresa, cujas vendas recuaram2 pct.
A empresa de media registou 22 ME de imparidades depois deter alienado um portfolio de revistas que incluiu a Visão e aExame, por 10,2 ME, no âmbito do plano estratégico até 2019 quevisa um maior foco no audiovisual e digital.
A perda reflecte a diferença entre o valor de alienação e ovalor do goodwill registado em balanço desses ativos.
Não considerando estas imparidades, a Impresa teria obtidoum lucro de 1,5 ME.
As receitas consolidadas recuaram 2 pct para 201,8 ME no anopassado, tendo os custos operacionais descido 1,3 pct para 188ME. O EBITDA-lucro antes de juros, impostos, depreciações eamortizações tombou 11 pct para 13,8 ME.
A dívida líquida mais locações recuou 2,6 pct para 178 ME.
Apesar da queda global das receitas, o encaixe compublicidade aumentou 2,6 pct para 119,3 ME.
As receitas de chamadas telefónicas 'IVR-interactive voiceresponse' e de produtos alternativos, vendidos com aspublicações, tombou 29 pct para 16,5 ME.
REORGANIZA
"O ano de 2017 foi marcado por uma profunda reorganização doGrupo Impresa, que culminou com a alienação do portfolio derevistas, em Janeiro de 2018, que penalizou a evolução doscustos operacionais", disse a Impresa, em comunicado.
"Estes, apesar das poupanças em áreas como as despesas compessoal, foram afetados pelos custos com restruturação e reforçode imparidades para cobranças".
No segmento de 'publishing' as receitas recuaram 4,7 pctpara 46,2 ME, enquanto os custos operacionais caíram 2,8 pctpara 47,2 ME.
"O redimensionamento do Grupo Impresa no início de 2018 e asmedidas de reestruturação implementadas durante os últimostrimestres, inseridas num contexto macroeconómico maisfavorável, permitem antever o reforço da rentabilidade do Grupoem termos de EBITDA e Resultados Líquidos em 2018", adiantou.
No balanço, a rubrica 'empréstimos obtidos', incluída nopassivo corrente, de mais curto prazo, praticamente duplicoupara 98,5 ME, de 51,6 ME há um ano.
Os activos não-correntes desceram para 316 ME, de 349 ME háum ano, tendo a Impresa como caixa e equivalentes 3,8 ME nofinal de 2017. Indicou que ainda que tem como activos nãocorrentes detidos para venda 13,8 ME. (Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)