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Por Daniel Alvarenga
LISBOA, 26 Jul (Reuters) - O lucro da Jerónimo Martins JMT.LS fixou-se nos 95 milhões de euros (ME) no segundo trimestre de 2017, estável face ao período homólogo e abaixo do esperado devido a custos 'one off', apesar do aumento das vendas, apoiadas no crucial mercado polaco, onde tem a líder do retalho alimentar Biedronka, disse a empresa.
A média de estimativas de uma Poll apontava para lucro de 101,3 ME, EBITDA de 224 ME e vendas de 4.003 ME. vendas e prestação de serviços da dona do Pingo Doce expandiram 13,7 pct para 4.075 ME, enquanto que o EBITDA-lucro antes de juros, importos, depreciações e amortizações aumentou 9,6 pct para 224 ME.
Foram registados 7 ME de custos de reestruturação em Portugal não-recorrentes no conjunto do primeiro semestre relativos ao 'write off' de alguns activos relacionados com o redimensionamento logístico em curso.
A importante métrica da margem EBITDA melhorou para 7,1 pct na polaca Biedronka no primeiro semestre de 2017, de 7 pct há um ano.
"A Biedronka espera, em 2017, uma margem EBITDA relativamente estável em relação ao ano anterior, com as vendas a serem o principal motor de crescimento dos retornos", adiantou a empresa.
Como 'guidance', manteve o capex de 700 ME para o ano, com a execução de programas de remodelações, quer na Biedronka quer no Pingo Doce a serem a prioridade.
No semestre, as vendas no parque de lojas comparável do grupo subiram 6,9 pct.
"Mantemos as vendas como a nossa primeira prioridade e estamos determinados a continuar a equilibrar crescimento sustentável e rentabilidade, tanto no curto como no médio-longo prazos", disse a empresa, em comunicado.
Frisou que, na Polónia, a Biedronka intensificou a dinâmica promocional e o investimento em produtos-chave, reforçando a eficiência de custos "num contexto de maior pressão sobre os custos de pessoal.
"Este esforço compensou", referiu a Jerónimo Martins.
Na Colômbia, a ARA "está preparada para acelerar a expansão de lojas no segundo semestre do ano", adiantou.
O pipeline de expansão prevê a abertura de pelo menos 150 novas lojas em 2017 e construir três novos centros de distribuição para operar em 2018.
"As perdas geradas pela Ara e pela Hebe ao nível do EBITDA deverão aumentar cerca de 30 pct quando comparadas com as do ano anterior, a taxas de câmbio constantes", frisou a retalhista.
O fluxo de caixa foi negativo em 40 milhões de euros, "reflectindo sobretudo o aumento do programa de investimento". (Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)