(Acrescenta cotação do título e mais informação, altera título e lead)
LISBOA, 30 Ago (Reuters) - O lucro líquido da Mota-Engil MOTA.LS subiu para 6 milhões de euros (ME), nos primeiros seis meses de 2018, versus 5 ME no período homólogo, segundo a empresa que refere que o resultado líquido seria de 15 ME, sem o impacto da IAS 29.
As acções da construtora caem 0,7 pct para 2,84 euros.
As vendas e prestações de serviços aumentaram 5 pct em termos homólogos para 1,25 mil ME, na primeira metade deste ano, reflectindo "a fase de transição entre um conjunto de projetos relevantes que estão a terminar e um conjunto de novos projetos na América Latina e em África, que estão agora na sua fase de arranque".
"No primeiro semestre de 2018, a América Latina foi a região que mais contribuiu para o volume de negócios do GRUPO (39 pct), registando uma performance similar à evidenciada no período homólogo de 2017, fruto nomeadamente da execução da elevada carteira de encomendas angariada em anos anteriores", explicou em comunicado.
Acrescentou que "também nas restantes regiões o peso relativo de cada uma delas para o volume de negócios do GRUPO se manteve igual ao verificado no período homólogo de 2017 (Europa 32 pct e África 29 pct)".
Por sua vez, o EBITDA fixou em 176 ME, de 186 ME no período homólogo de 2017. Segundo dados pró-forma fornecidos pela empresa, excluindo o IAS 29 fixou em 180 ME.
O CaixaBank/BPI previa que o lucro da Mota-Engil situar-se nos 9 milhões de euros (ME), no primeiro semestre deste ano, face aos 5 ME reportados no ano anterior, uma subida suportada pelo aumento homólogo de 7 pct nas receitas, com destaque para a recuperação no mercado africano. carteira de encomendas alcançou 5,3 mil ME no final de Junho, dos quais 78 pct fora da Europa.
A 30 de Junho de 2018, a dívida líquida ascendia a 1.002 ME, tendo registado um aumento de cerca de 124 ME face a 31 de Dezembro de 2017, justificado, essencialmente, pelo elevado nível de investimento e pela deterioração sazonal do fundo de maneiro em alguns mercados.
"Como resultado da evolução da dívida e do desempenho operacional do semestre, o rácio que compara a dívida líquida total com o EBITDA dos últimos 12 meses atingiu os 2,5x (2,2x em 31 de Dezembro de 2017), o que vai de encontro aos objectivos estratégicos delineados de registar naquele rácio um valor inferior a 3,0x", frisou.
"Adicionalmente, fruto do forte dinamismo comercial, há que destacar após 30 de junho de 2018 a adjudicação de um novo projeto na Argentina e de outros pequenos projetos, nomeadamente em Portugal, no montante de cerca de 340 ME e a existência, em vários mercados, de diversos projetos a aguardar formalização num montante total de cerca de 850 ME", explicou. (Por Patrícia Vicente Rua)