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Por Daniel Alvarenga
LISBOA, 15 Nov (Reuters) - O lucro da Sonae YSO.LS recuou 3 pct para 133 milhões de euros (ME) nos primeiros nove meses de 2017, penalizado pela comparação com um período homólogo em que fez encaixes 'one off' e sob a forte pressão competitiva, mas melhor do que o previsto, anunciou a empresa.
O EBITDA subjacente subiu 9,6 pct para 221 ME e as vendas expandiram 6,9 pct para 4.115 ME.
A média de previsões dos analistas consultados pela Reuters apontavam para lucro de 121 ME, EBITDA-lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações de 217 ME e vendas de 4.103 ME. período comparável a Sonae fez uma série de encaixes substanciais com acordos de 'sale & leaseback', operações que consistem num acordo em que um activo imobiliário é vendido a uma outra entidade, que passa a cobrar um aluguer ao vendedor.
Na altura registou 56 ME de impacto positivo na rubrica 'não recorrentes'. A margem EBITDA caiu 1,1 pontos percentuais para 6,6 pct.
REDUZ DÍVIDA
ngelo Paupério, Co-CEO da Sonae, destacou como positiva a performance em termos de rentabilidade, com o EBITDA agregado a crescer 10 pct e "reforçando posições competitivas".
"Os níveis de investimento mantiveram-se elevados e continuámos a reforçar a estrutura de capitais baixando dívida, aumentando a sua maturidade e melhorando as condições de financiamento", afirmou em comunicado.
O perfil de maturidade média da dívida permaneceu próximo de 4 anos. O rácio da dívida líquida face ao capital investido melhorou 210 pontos base, para 36,7 pct. A dívida líquida da Sonae desceu 30 ME para 1.217 ME no final dos nove meses de 2017.
O investimento realizado pelos negócios totalizou 202 ME, representando cerca de 4,9 pct do volume de negócios.
"O investimento foi canalizado para a abertura de novas unidades, lançamento e desenvolvimento de novos negócios e reforço da internacionalização e do serviço ao cliente, tendo atingido 109 ME na Sonae MC (alimentar), 26 ME na Worten e 27 ME na Sonae Sports & Fashion", indicou a empresa.
A Sonae reconheceu uma descida de 22 ME de 'goodwill' para 633 ME, uma rubrica tradicionalmente relacionada com um ajuste em baixo do valor de activos alvo de compra.
Antes da apresentação de resultados, alguns analistas chamaram a atenção para o 'working capital' potencialmente menos eficiente. Com efeito, no balanço, os activos correntes de clientes subiram 9,4 pct em termos homólogos para 128 ME e os inventários 2,6 pct para 688 ME. A liquidez caiu 11 pct para 308 ME. (Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)