NOVA 1-Vendas Jerónimo Martins 1ro sem sobem 4,6% com Biedronka, CEO vê tempos duros

Publicado 29.07.2020, 18:11
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Por Sergio Goncalves e Catarina Demony

LISBOA, 29 Jul (Reuters) - As vendas consolidadas da retalhista Jerónimo Martins subiram 4,6% no primeiro semestre de 2020, lideradas pela robustez da polaca Biedronka, apesar da pandemia do coronavírus, mas o CEO alertou que os próximos tempos ainda serão duros.

As vendas consolidadas atingiram os 9,3 mil milhões de euros (ME) nos primeiros seis meses do ano, disse a empresa em comunicado.

A Biedronka, líder do retalho alimentar na Polónia, teve um aumento das vendas de 10,9% para 6,5 mil ME e este "forte desempenho mais do que compensou a queda de 2,9% das vendas em Portugal para 1,8 mil ME e a pressão da desvalorização do zloty e do peso colombiano".

Contudo, no segundo trimestre, quando a pandemia já teve um forte efeito, as vendas consolidadas caíram 1,3%.

A Jerónimo Martins afirmou que "a incerteza sobre o desenvolvimento da pandemia continua muito elevada, sendo ainda cedo para estimar o impacto real que, no conjunto do ano, terá na economia mundial e em cada um dos países em que operamos".

"Estou consciente de que os próximos meses continuarão a ser duros", disse o CEO Pedro Soares dos Santos.

Mas disse que "o sólido desempenho do nosso principal negócio, a robustez do balanço do Grupo e a capacidade de adaptação das nossas equipas reforçam a minha confiança de que saberemos navegar as águas difíceis em que nos encontramos e levar este barco a bom porto".

Adiantou que o grupo continua orientado "pelas prioridades estratégicas que definimos e com as quais estamos comprometidos".

Explicou que, "na Polónia, a Biedronka respondeu aos desafios com grande assertividade, combinando rapidez, flexibilidade e espírito de iniciativa".

"Esta dinâmica, aliada à relevância das campanhas promocionais, protegeu a rentabilidade da companhia e resultou em ganhos de quota de mercado", afirmou.

No primeiro semestre de 2020, o lucro líquido teve uma queda homóloga de 36,2% para 104 milhões de euros.

O EBITDA - earnings before interests, taxes, depreciation and amortization - caiu 4,9% para 635 milhões de euros, "penalizado pelo aumento de custos operacionais no contexto da pandemia e pelas medidas de confinamento em vigor ao longo de quatro dos meses do período", disse a empresa em comunicado.

A margem EBITDA consolidada desceu para 6,8% no primeiro trimestre de 2020 contra 7,5% no mesmo período do ano passado, enquanto a da Biedronka caiu para 9,0% contra 9,2% nos primeiros seis meses de 2019.

Nos primeiros seis meses de 2020, a empresa investiu 142 milhões de euros que comparam com 238 milhões de euros reportados no mesmo periodo de 2019. Adiantou que 43% do investimento feito este ano foi na Biedronka.

Em Maio último, a Jerónimo Martins suspendeu temporariamente os seus planos de 'capex' em novas lojas, mas disse que os investimentos com os quais a empresa já se tinha comprometido e aqueles em execução ainda prosseguiriam.

Devido à pandemia, a retalhista também reduziu o pagamento de dividendos para 30% dos lucros consolidados de 2019, em vez dos 50% propostos inicialmente, podendo pagar o remanescente se a situação melhorar.

As acções da Jerónimo Martins fecharam a subir 1,59% em contra-ciclo com o índice 'benchmark' português PSI20 .PSI2 que caiu 0,27%. (Por Sérgio Gonçalves e Catarina Demony)

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