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Pharol nega ser devedora 750 ME à insolvente ESI, aguarda citação judicial

Publicado 15.11.2017, 09:40
© Reuters.  Pharol nega ser devedora 750 ME à insolvente ESI, aguarda citação judicial
PHRA
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LISBOA, 15 Nov (Reuters) - A Pharol-SGPS rejeita ser devedora de 750 milhões de euros (ME) à falida Espírito Santo International (ESI), como exigem os curadores de insolvência desta ex-holding de topo da família Espírito Santo, anunciou a Pharol (LS:PHRA) em comunicado.

A Pharol-SGPS realça que, pelo contrário, é credora da insolvente Rioforte - outra ex-holding da família Espírito Santo - no montante de capital de 897 ME, "montante devidamente reclamados junto dos curadores dessa insolvência no Luxemburgo".

Adiantou que teve ontem conhecimento de um comunicado dos curadores da insolvente ESI, "pela qual estes declaram que essa sociedade falida vai processar judicialmente a Pharol-SGPS, pedindo a condenação desta última no reembolso de 750 ME, sem especificar os fundamentos desse pedido".

"A Pharol-SGPS não é devedora a qualquer título da insolvente ESI pelo que aguarda a sua citação na anunciada acção judicial para poder contestar e exercer todos os direitos de protecção dos 'stakeholders' da Pharol-SGPS", afirmou a Pharol.

Este é mais um capítulo na longa e dura 'saga' judicial que se seguiu ao espectacular colapso do império da família Espírito Santo e que levou à resolução do ex-Banco Espírito Santo (BES) em Agosto de 2014, com a criação então do 'good bank' Novo Banco, cujos 75 pct do capital só recentemente foram vendidos à Lone Star.

Várias 'holdings' da família Espírito Santo estão em processos de insolvência no Luxemburgo, onde estão sedeadas.

Em Fevereiro de 2014, a Pharol - antiga PT-SGPS - investiu 750 ME em papel comercial da Rioforte, depois de ter sido reembolsada desse montante pela ESI, cujos curadores agora exigem o seu pagamento.

A Rioforte posteriormente fez um 'default' da dívida e a Pharol é credora de 897 ME que tinha investido em papel comercial daquela.

A Pharol é a maior accionista da Oi, detendo 25,7 pct desta telecom brasileira.

O colapso do Grupo Espírito Santo levou à venda da telecom PT à Altice.

(Por Sérgio Gonçalves)

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