Lisboa, 29 Ago (Reuters) - A 'holding' Pharol (LS:PHRA), maior accionista da Oi, obteve um resultado líquido de 61,8 milhões de euros (ME) no primeiro semestre de 2017, contrastando com o prejuízo de 8,3 ME no período homólogo, beneficiando da valorização da telecom brasileira.
A Pharol, em comunicado, adiantou que o lucro reflete essencialmente "um ganho no montante de 61,6 ME, resultado decorrente da valorização do investimento da Oi no mercado e um ganho de 746 mil euros na valorização da opção de compra".
O EBITDA -- lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações -- mantém-se negativo nos 2,6 ME no primeiro semestre deste ano, apesar de uma recuperação de 700 mil euros face a igual período de 2016.
"Esta redução é explicada pela redução de serviços de terceiros relacionados com consultoria financeira e assessoria legal e redução nos custos com pessoal", explicou.
"O balanço da Pharol é caracterizado hoje pela quase inexistência de dívida financeira, mas alguns riscos e processos legais (...) têm ocupado uma parte significativa dos esforços da equipa dirigente da empresa", frisou.
O CEO, Luís Palha da Silva, referiu que a Recuperação judicial da Oi "poderá estar perto da sua concretização"
"Encontros entre os diversos stakeholders têm vindo a confirmar que a flexibilidade de todos é, neste momento, obrigatória", vincou.
Referiu que uma Assembleia Geral de Credores foi marcada para 9 de Outubro.
"Apesar do insucesso de alguns passos dados nas instâncias judiciais no Luxemburgo visando a maior celeridade e transparência do processo de falência da Rio Forte, a Pharol considera que houve esclarecimentos que se podem revelar muito positivos no relacionamento com os Administradores Judiciais", indicou Luís Palha da Silva.
A Pharol detém como principal activo o investimento na Oi, com 27,18 pct do capital e uma Opção de Compra sobre 34 milhões acções Ordinárias e 68 milhões de acções preferenciais. (Por Lisboa Editorial; Editado por Daniel Alvarenga)