Por Claudia Violante
SÃO PAULO, 1 Fev (Reuters) - O dólar registrava leve queda ante o real nesta quinta-feira, com operadores citando fluxo vendedor após a moeda ter encostado em 3,20 reais na máxima do dia, mas à espera de indicadores norte-americanos que possam dar mais indícios sobre a economia do país em 2018.
Às 10:43, o dólar BRBY recuava 0,22 por cento, a 3,1733 reais na venda, depois de tocar 3,1973 reais na máxima da sessão. O dólar futuro DOLc1 tinha baixa de cerca de 0,40 por cento.
"Dólar na faixa de 3,20 reais consideramos um bom ponto de venda e os investidores têm aproveitado", explicou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior.
Na véspera, o Federal Reserve, banco central norte-americano, deixou inalterada a taxa de juros, mas disse que a inflação deve acelerar este ano, aumentando as expectativas de que os custos de empréstimo continuarão a subir sob o comando do novo chair, Jerome Powell. exterior, o dólar operava com leve queda ante uma cesta de moedas. Com um esperado aperto monetário já precificado, os operadores estão aguardando para ver se os próximos dados dos EUA, principalmente o relatório de emprego na sexta-feira, darão à moeda mais do que um alívio breve. divisas de emergentes, o dólar tinha comportamento misto, em alta ante o peso mexicano MXN= e em queda ante o peso chileno CLP= .
"A leitura do Fed foi dúbia, há quem considere três e quem ache que serão quatro as altas de juros nos EUA este ano. O relatório de emprego amanhã pode ajudar o mercado a se direcionar para algum dos lados", afirmou um operador de câmbio de uma corretora local.
Internamente, os investidores seguem monitorando as negociações do governo em busca de apoio para aprovar a reforma da Previdência ainda neste mês, embora com ceticismo de que conseguirá os 308 votos necessários para passar o texto.
Além disso, nesta sessão estão atentos à comunicação do Banco Central sobre a possibilidade de rolar 3 bilhões de dólares que vencerão na sexta-feira em leilão de linha.
"Acho que o BC não tem motivo para rolar tudo porque há fluxo. Se ele rolar tudo, pode pressionar a moeda para baixo", avaliou Faria Júnior. (Por Claudia Violante; Edição de Camila Moreira)