Por Ju-min Park e Se Young Lee
SEUL, 16 Jan (Reuters) - O procurador especial da Coreia do Sul pediu a prisão do presidente do Samsung Group RIC:RIC:SAGR.UL , maior conglomerado do país, acusando-o de pagamento de milhões de dólares em subornos a uma amiga da presidente sul-coreana afastada, Park Geun-hye.
Investigadores interrogaram o presidente da Samsung, Jay Y. Lee, durante 22 horas seguidas na semana passada por suspeita de envolvimento no escândalo de corrupção, que no mês passado levou o Parlamento a aprovar o 'impeachment' de Park. O impedimento agora depende de decisão do Suprema Tribunal do país.
A procuradoria especial acusou Lee de pagamento de subornos no total de 36,42 milhões de dólares a organizações ligadas a Choi Soon-sil, uma amiga da presidente que está no centro do escândalo, para assegurar a fusão em 2015 de duas unidades do conglomerado.
Lee, de 48 anos e que se tornou o chefe da Samsung após seu pai, Lee Kun-hee, ser incapacitado por um ataque cardíaco em 2014, também foi acusado de apropriação indevida e perjúrio, de acordo com o pedido de mandado de prisão feito pela procuradoria.
A Samsung, cujas companhias geram 230.000 milhões de dólares em receita, equivalente a cerca de 17 por cento da economia da Coreia do Sul, negou a acusação de que Lee teria pago subornos. (Por Sérgio Gonçalves; Traduzido para português por Sérgio Gonçalves)