LISBOA, 2 Jun (Reuters) - A decisão final de avançar com uma série de investimentos no sector do gás natural em Moçambique é positiva para a Galp Energia GALP.LS , pois mostra que esta promissora aposta está a avançar dentro do calendário previsto, segundo o BPI.
"Positivo. A assinatura dos contratos 'EPC-Engineering, procurement, construction' para os contratos de 'offshore' de Coral é um marco chave e mostra que o projecto está a avançar dentro do calendário, mitigando parcialmente as incertezas sobre o 'timing' do projecto", disseram os analistas do BPI.
O consórcio que a petrolífera portuguesa detém em 10 pct tomou a decisão final de investimento na unidade flutuante de liquefação de gás natural (FLNG) do Coral Sul. suas previsões, o BPI estima 1.060 milhões de euros de capex da Galp para Moçambique, 'onshore' e 'offshore', até 2022.
Lembrou que a ExxonMobil (NYSE:XOM) XOM.N adquiriu uma participação de 25 pct na Área 4 à ENI ENI.MI . "Tal deverá ajudar a reduzir os riscos e assegurar o ritmo de desenvolvimento do projecto 'onshore'", vincou o BPI.
A ENI continuará a liderar o projecto 'offshore' de 'LNG-Liquefied Natural Gas', enquanto que a ExxonMobil vai liderar os equipamentos 'onshore' de liquefação.
O BPI assume no seu model 'sum of the parts' a valorização implícita na transacção entre a ExxonMobil e ENI, levando a que Moçambique represente 1,26 euros por acção do preço alvo de 15,3 euros que atribui à 'oil&gas' portuguesa.
Nota: Esta recomendação de investimento foi distribuída hoje aos clientes do BPI. Deve consultar este documento de research integralmente, nomeadamente quanto ao 'disclaimer', solicitando-o à casa de investimento que o elaborou.
(Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)