LISBOA, 21 Fev (Reuters) - O Caixa Banco de Investimento prevê que a Sonae Capital (LS:SONAC) tenha tido um lucro de 12,2 milhões de euros (ME) em 2016, depois de um prejuízo de 0,3 ME no ano anterior, com a venda da participação na Norscut, apesar da queda das vendas e do EBITDA.
Adianta que as vendas terão tido uma queda homóloga de 2,6 pct para 170,1 ME em 2016, "com as performances superiores dos Hotéis, Fitness, RHM e Outros a não conseguirem compensar as diminuições nas vendas nos Resorts e na Energia".
O EBITDA - lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações - é visto a cair 44,3 pct para 12,9 ME, sendo que "o impacto nas margens deverá ser mais visível nas atividades relacionadas com Turismo, dada a menor diluição dos custos fixos associados".
"Assumimos que o resultado líquido tenha atingido 12 ME, com a evolução positiva a resultar da venda da participação na Norscut que teve lugar no início do ano reportado, embora haja possibilidade de reconhecimento de um lucro superior, dependendo do eventual reconhecimento de ganhos resultantes da venda de dois lotes em Tróia por cerca de 50 ME", explicou o analista José Mota Freitas.
Realça que "os resultados de 2016 da Sonae (LS:YSO) Capital deverão ser dominados pelo impacto da venda de ativos nos seus lucros e balanço, ofuscando a sua performance operacional".
Adianta que as tendências que tem vindo a afetar as unidades de Resorts e de Energia deverão manter-se, enquanto as restantes unidades deverão apresentar melhoria de vendas.
"Considerando a venda de ativos que ocorreu durante o ano, há também espaço para a Sonae Capital vir a propor o pagamento de um dividendo, embora não o tenhamos considerado nas projeções atuais", vincou.
A Sonae Capital vai publicar os resultados de 2016 no dia 24 de Fevereiro, antes da abertura do mercado.
As acções da Sonae Capital seguem a ganhar 1,58 pct para 0,709 euros.
Nota: Esta recomendação de investimento foi distribuída hoje aos clientes do Caixa Banco de Investimento.
O leitor deve consultar este documento de research integralmente, nomeadamente quanto ao 'disclaimer', solicitando-o à casa de investimento que o elaborou. (Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Sérgio Gonçalves)