LISBOA, 26 Mar (Reuters) - Os analistas do Caixa Banco de Investimento estimam que a Mota-Engil tenha tido um prejuízo de 7 ME em 2017, contra o lucro de 44 ME em 2016, com o aumento dos interesses minoritários e dos impostos a pesarem.
No entanto, o resultado líquido antes de impostos e interesses minoritários é visto a subir 23 pct para 87 ME em 2017.
Relativamente ao segundo semestre de 2017, a Mota Engil (LS:MOTA) deverá reportar um prejuízo de 10 ME. A CaixaBI prevê resultados antes de impostos positivos de 37 ME nesse período.
As receitas consolidadas deverão subir 18 pct para 1.388 ME, em termos homólogos, apoiadas pelas boas prestações em África e na América Latina.
A margem EBITDA estimada para o segundo semestre do ano é de 14,3 pct, abaixo do período homólogo e do período anterior.
"O elevado nível de provisões (normalmente mais elevadas na segunda metade do ano) e de minoritários deverá pressionar o resultado líquido para território negativo", disse Artur Amaro, numa nota.
Contudo, "de uma forma geral, antecipamos resultados sólidos para a Mota-Engil a nível operacional, com o EBITDA a crescer 9 pct em trmos anuais. As geografias de África e da América Latina deverão ser os vectores de crescimento, com o EBITDA a aumentar 30 pct e 33 pct face ao período anterior, respetivamente", acrescentou.
O Caixa BI vê as receitas a subirem 17 pct para 2.584 ME e o EBITDA a aumentar 16 pct para 384 ME.
O banco de investimento mantém a recomendação de 'reduce' e o preço-alvo de 2,90 euros por acção para a construtora portuguesa.
As acções da Mota Engil caem 1,08 pct para os 3,65 euros por acção.
Nota: Esta recomendação de investimento foi distribuída aos clientes do Caixa Banco de Investimento hoje. O leitor deve consultar este documento de research integralmente, nomeadamente quanto ao 'disclaimer', solicitando-o à casa de investimento que o elaborou.
(Por Goncalo Almeida Editado por Sérgio Gonçalves)