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RPT-FOCO-CEO NOS vê forte concorrência em 2018, crescimento receitas a desacelerar

Publicado 13.03.2018, 07:34
Atualizado 13.03.2018, 07:40
RPT-FOCO-CEO NOS vê forte concorrência em 2018, crescimento receitas a desacelerar

(Repete notícia divulgada ontem à tarde)

Por Daniel Alvarenga

LISBOA, 13 Mar (Reuters) - A NOS NOS.LS antevê que 2018 seja marcado por uma grande intensidade competitiva no sector das telecoms em Portugal e que o ritmo de crescimento das receitas desacelere face a 2017, segundo o Chief Executive Officer (CEO), Miguel Almeida.

As receitas de exploração da NOS cresceram 2,2 pct em termos homólogos para 399 ME nos últimos três meses de 2017, contra 5,7 pct no terceiro trimestre e 5 pct no segundo trimestre. L8N1QU1T2

"Em relação às receitas, é verdade que houve desaceleração no quarto trimestre e a nossa expectativa para 2018 é que volte a haver uma desaceleração", disse CEO, Miguel Almeida, em conferência de imprensa.

"O mercado está cada vez mais maduro, o seu potencial de crescimento obviamente vai-se reduzindo e portanto esperamos um ano de desaceleração no crescimento das receitas".

Os analistas do CaixaBank/BPI vêem o abrandamento do crescimento das receitas e a evolução do segmento empresarial da NOS NOS.LS no quarto trimestre de 2017 como um ponto de preocupação sobre as perspectivas futuras. L8N1QU257

"Foi um ano de grande intensidade competitiva. Faz parte. Esperamos que 2018 também o seja. Em relação à questão sobre o primeiro trimestre e o que esperamos em relação a 2018: não esperamos nada de particularmente diferente", afirmou Miguel Almeida.

"O mercado é de forte concorrência como é sabido, de grandes investimentos por parte de todos os operadores, de luta por angariação de clientes muito forte em todos os segmentos".

"É isso que esperamos que volte a acontecer em 2018 e estamos preparados".

O lucro da NOS expandiu 37 pct para 124 milhões de euros (ME) em 2017, acima do esperado pelos analistas, apoiado em mais clientes e ganhos de quota.

O EBITDA, lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações cresceu 4,3 pct para 581 ME e as receitas expandiram 3,1 pct para 1.562 ME.

Miguel Almeida frisou que a telecom continua a investir não só nas redes mas também em inovação: "é assim que vamos contrariar ou combater esta intensidade competitiva bastante elevada".

BATE ESTIMATIVAS

O EBITDA, lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações da NOS cresceu 4,3 pct para 581 ME e as receitas expandiram 3,1 pct para 1.562 ME.

Uma poll de analistas consultados pela Reuters previa lucro de 118 ME, EBITDA de 578 ME e receitas de 1.561 ME.

A NOS registou crescimento em todos os serviços ao longo do ano de 2017.

O crescimento traduziu-se em ganhos de quota de mercado de receitas, que de acordo com os dados da ANACOM, atingiu 31,4 pct no terceiro trimestre do ano.

"Num mercado maduro como o nosso é algo a realçar", disse o CEO Miguel Almeida.

Em 2018, vamos acelerar ainda mais os nossos investimentos em infraestrutura, nomeadamente na modernização das redes de acesso com tecnologias de última geração".

ANGOLA AJUDA

O CEO da NOS, Miguel Almeida, referiu a contribuição positiva de Angola, onde a telecom tem uma participação na ZAP.

"Não houve desvalorização do kwanza em 2017. Isso materializado, leva a melhoria do contributo da operação", referiu. Antes de resultados de empresas associadas, 'joint-ventures' e interesses não controlados, o lucro da NOS fixou-se em 101,3 ME, contra os 124,1 ME do total consolidado.

O capex total desceu 3 pct para 381 ME.

O número de serviços aumentou 3,7 pct para 9,412 milhões, com adições líquidas de 334,9 mil face ao final de 2016.

o ARPU-rendimento médio por utilizador aumentou 2,4 pct para 44,3 euros.

As acções da NOS valorizam 0,6 pct para 5,115 euros.

EXPANDE REDE

A NOS indicou que reforçou a cobertura da sua rede fixa de nova geração, aumentando o número de casas passadas em cerca de 320,2 mil face ao período homólogo de 2016.

O número de lares com cobertura atinge agora 4,084 milhões face aos 3,764 milhões de 2016.

"No final de 2018, teremos expandido a nossa cobertura de redes de nova geração Gigabit a 4,4 milhões de lares, sendo que em 2022 teremos expandido a nossa cobertura de FttH-'Fiber to the Home' a 70 pct da nossa rede", adiantou.

Nos negócios de Cinema e Audiovisuais o número de bilhetes vendidos situou-se em 9,451 milhões, um acréscimo de 3,9 pct face a 2016.

CONSERVADORA

No final do período em análise, a dívida financeira líquida situou-se nos 1.085 ME, representando 1,9 vezes o EBITDA, "um rácio conservador face às congéneres do setor", disse a NOS.

"Mantivemos uma estrutura de balanço muito conservadora, com o raácio de divida sobre EBITDA a baixar. Baixámos para 1,9 vezes, que é um rácio muito conservador", afirmou o CEO.

O custo médio 'all-in' da dívida financeira líquida da NOS cifrou-se em 1,9 pct no quarto trimestre, abaixo dos 2,1 pct do quarto trimestre de 2016. A maturidade média da dívida no final de 2017 era três anos.

Os custos operacionais aumentaram 2,4 pct para 981,1 ME. "O principal impulsionador deste aumento foram os custos de interligação, relacionados com o tráfego de wholesale e serviços de chamadas em massa, que em conjunto cresceram em 11,9 ME", explicou a NOS.

DIVIDENDO CRESCE

O 'board' propôs um dividendo ordinário de 30 cêntimos de euro por ação relativo a 2017, que representa um acréscimo de 50 pct face ao do ano anterior.

"Acreditamos que este nível de dividendo é sustentável no sentido em que seremos capazes até de o aumentar", segundo o CEO Miguel Almeida. "Os recursos libertados pela empresa no futuro próximo poderão permitir libertar dividendo num nível até superior a este".

"Não deixaremos de investir fortemente para garantir que teremos o melhor serviço em Portugal, nem entraremos em loucuras que nos façam abdicar de estrutra de capital conservadora", acrescentou.

A empresa gerou 30,8 ME em fluxo de caixa no ano passado, após o pagamento de 102,6 ME em dividendos, face a um fluxo de caixa negativo em 48,7 ME em 2016.

Além da geração de 'cash' operacional, a NOS beneficiou também de 24,2 ME encaixados com a liquidação financeira da venda da rede FttH da Optimus à Vodafone (LON:VOD).

No balanço, o activo da NOS desceu ligeiramente para 2.967 ME e o passivo caiu para 1.881 ME, de 1.930 ME no final de 2016. (Editado por Sérgio Gonçalves)

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