(Repete notícia divulgada ontem ao final da tarde)
LISBOA, 28 Jul (Reuters) - O lucro da gestora de redes energéticas REN RENE.LS cresceu 31 pct para 53 milhões de euros (ME) no primeiro semestre de 2017, em linha com o esperado, ajudado por uma descida dos encargos do custo médio da dívida, anunciou a empresa.
O EBITDA-lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações avançou 1 pct para 243 ME. Uma poll da Reuters previa lucro de 51,9 ME e EBITDA de 244,4 ME. Resultado Líquido cresceu 12,4 ME nos primeiros seis meses do ano, impulsionado pela eficiência operacional e por um sólido desempenho financeiro, sustentado no recuo do custo médio da dívida para 2,6 pct, face aos 3,5 pct, registados no primeiro semestre de 2016", explicou a empresa, em comunicado.
Frisou que o desempenho financeiro continua a ser afetado pelo efeito negativo da CESE-Contribuição Extraordinária do Sector da Energia, que totalizou 25,8 ME.
Indicou que a ligeira subida do EBITDA reflectiu a contribuição da participação que a REN tem na chilena Electrogás.
"O primeiro semestre fica marcado por um recorde no consumo de gás natural em Portugal, superando o anterior recorde, alcançado no primeiro semestre de 2011".
Referiu que, já depois do fim do semestre, a REN registou um novo recorde de consumo diário de gás natural, no segmento das centrais de ciclo combinado.
"O anterior máximo, de 117 GWh, datado de 2011, tem vindo este ano a ser sucessivamente ultrapassado, fixando-se no dia 26 de julho em 127,9 GWh", frisou a REN.
O consumo em ciclo combinado refere-se à tecnologia de produção de eletricidade através do aproveitamento da energia libertada na queima de gás natural.
A dívida líquida fixou-se nos 2.577,4 ME, apresentando um pequeno aumento quando comparada com o final de 2016.
O capex total atingiu os 41 ME. A 'utility' referiu que está financiada para os próximos dois anos, seguindo com um rácio de dívida líquida sobre EBITDA de 5,31 vezes no final do semestre, de 5,2 vezes em 2016.
A média da maturidade da dívida é 4,47 anos. (Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)