(Repete notícia divulgada ontem à tarde)
LISBOA, 3 Ago (Reuters) - O 'good bank' Novo Banco, cujo processo de alienação ao fundo norte-americano Lone Star está numa fase decisiva, iniciou formalmente o processo de contactos para vender a GNB Seguros Vida, uma das maiores seguradoras de Portugal com mais de 5 mil milhões de euros (ME) de activos, segundo fonte oficial.
"O Novo Banco iniciou formalmente o processo de contactos para venda da sua seguradora GNB Vida assegurando a realização de um contrato de distribuição de longo prazo em exclusividade", confirmou à Reuters um porta-voz do Novo Banco.
"O processo de contactos está a ser assessorado pela consultora Delloite", acrescentou.
Lembrou que "a GNB Vida, com ativos totais superiores a 5 mil ME, é uma das mais importantes seguradoras do ramo vida em Portugal, sendo a última seguradora disponível com acesso a uma rede bancária de referência".
"O Novo Banco detinha no final do semestre uma rede de 475 balcões", recordou este porta-voz do Novo Banco.
A GNB Seguros Vida terminou o ano de 2016 na nona posição no mercado do Ramo Vida em Portugal com uma quota de mercado de prémios de 2,3 pct, versus a quarta posição e uma quota de 5,4 pct em 2015, segundo o relatório e contas da seguradora.
O Novo Banco lançou a semana passada um LME-'liability management exercise' que consiste na oferta de aquisição de dívida sénior, oferecendo 'cash' a "preços de mercado" pela recompra de obrigações, que visa reforçar os capitais em pelo menos 500 milhões de euros (ME) e concluir a venda à Lone Star.
A operação é uma condição para o Fundo de Resolução finalizar o acordo de alienação de 75 pct do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star.
Em 2016, volume de negócios total da GNB Seguros Vida caiu 67 pct para 153,1 milhões de euros (ME), tendo a seguradora justificado aquela queda com a redução da produção de seguros PPR, no montante de cerca de 21 ME, e com a diminuição da produção de seguros de capitalização no montante de 290 ME.
A GNB Seguros Vida teve um prejuízo de 85,5 ME em 2016 versus 98 ME em 2015 devido "sobretudo à performance da atividade financeira alcançada durante o ano, essencialmente afetada pelas valias realizadas, pelo reconhecimento de imparidades e também pelas diferenças de câmbio registadas".
(Por Sérgio Gonçalves,; Editado por Daniel Alvarenga)