(Repete notícia divulgada ontem ao início da noite)
Por Catarina Demony
LISBOA, 18 Mai (Reuters) - O lucro líquido consolidado da Sonae (LS:YSO) mais do que duplicou para 20 milhões de euros no primeiro trimestre de 2018, suportado pelo crescimento no negócio do retalho alimentar e da Worten, segundo a empresa.
Hoje, num comunicado à imprensa, adiantou que o volume de negócios consolidado subiu em termos homólogos 8,7 pct para 1.342 ME, beneficiando "especialmente do bom desempenho da Sonae MC e da Worten".
O EBITDA consolidado da Sonae melhorou no trimestre, devido a um EBITDA "subjacente, que aumentou 11 pct para 57 ME, e a um maior resultado obtido pelo método de equivalência patrimonial, nomeadamente os originados pela NOS e pela Sonae Sierra (SA:SSBR3)".
O resultado direto da Sonae ascendeu a 14 ME, crescendo 15,6 pct face ao primeiro trimestre de 2017, e o resultado indireto situou-se em 7 ME.
O resultado líquido atribuível a acionistas mais do que duplicou em comparação com os primeiros três meses do ano passado, de 8 ME para 20 ME.
"Este resultado traduz o crescimento do volume de negócios e da rentabilidade de todos os negócios e da evolução positiva do resultado indireto," referiu a Sonae.
COMEÇA BEM
ngelo Paupério, Co-CEO da Sonae, afirma que o ano de 2018 "começou bem", realçando "o contributo do retalho alimentar e da Worten com evoluções muito positivas quer em crescimento absoluto quer em vendas no mesmo universo de lojas".
Acrescentou que "a par destes encorajadores resultados, prosseguimos na execução da nossa estratégia nos diferentes negócios e na gestão do portefólio".
"Foi também possível manter um elevado nível de investimento nomeadamente nas novas avenidas de crescimento a par da diminuição do custo e montante da dívida do grupo e otimização da estrutura de capitais que sustenta a nossa política de remuneração acionista com dividendos que têm vindo a crescer 5% ao ano desde 2012.”
O investimento ascendeu a 71 ME no trimestre, 17 ME acima do valor do período homólogo.
A empresa adiantou que "continua a reforçar a sua solidez financeira", tendo a dívida líquida diminuído 8,2 pct ou 113 ME em comparação com o primeiro trimestre de 2017.
O rácio da dívida líquida face ao capital investido situou-se em 38,0 pct, melhorando 2,9 pp face ao primeiro trimestre de 2017. O custo médio das linhas de crédito utilizadas situou-se próximo de 1,2 pct no primeiro trimestre de 2018.
O gearing médio contabilístico melhorou de 0,7x para 0,6x e o gearing médio em valores de mercado melhorou 0,2x para 0,6x no primeiro trimestre deste ano, resultante da diminuição do nível da dívida e do aumento do preço das ações da Sonae, disse a Sonae.
Segundo a empresa, nos primeiros três meses de 2018, a empresa "manteve uma estrutura de capital sólida, otimizando os custos de financiamento e mantendo reservas de liquidez e um perfil longo de maturidade da dívida, cuja média permaneceu estável".
"A Sonae continuou a cumprir a prática de não possuir necessidades de refinanciamento para os 18 meses seguintes tendo, simultaneamente, melhorado as suas condições gerais de financiamento," conclui.
(Por Catarina Demony; Editado por Sérgio Gonçalves)