DUBLIN, 19 Set (Reuters) - O CEO da Ryanair, Michael O'Leary, disse que planeia cortar 500-700 empregos na companhia aérea, enquanto os accionistas aprovaram, na quinta-feira, por pouco um esquema de bónus que poderá render-lhe cerca de 100 milhões de euros ao longo de cinco anos.
O sistema de bónus, que exige que duplique a rentabilidade ou o preço das acções da transportadora no prazo de cinco anos, foi apoiado por 50,5% dos votos numa assembleia de accionistas.
O'Leary disse que estava a fazer progressos muito significativos com os sindicatos, mas disse que a companhia aérea tem um excedente de 500 pilotos e que estava a prever a perda de 500-700 postos de trabalho, que podem incluir Dublin, onde a empresa tem a sua sede.
Ele disse que a alguns funcionários estão a ser oferecidos 12 meses de licença sem vencimento, enquanto que para outros, despedimentos obrigatórios poderão ser anunciados nas próximas semanas.
A empresa tem cerca de 17.000 trabalhadores em toda a Europa e avisou em Julho que poderia reduzir até 900 postos de trabalho.
O'Leary disse em Fevereiro que ficaria mais cinco anos na maior companhia aérea de baixo custo da Europa, cujo preço das acções caiu para cerca de metade nos últimos dois anos, entre uma série de disputas com os sindicatos e atrasos na entrega do Boeing (NYSE:BA) 737 MAX.
O'Leary liderou a Ryanair nos últimos 25 anos e está a mudar para CEO de uma nova estrutura de grupo, enquanto supervisiona as quatro subsidiárias aéreas da empresa. original em inglês. (Reportagem de Conor Humphries, traduzido para português por André Vitor Tavares em Gdynia Newsroom; Editado em português por Sérgio Gonçalves em Lisboa)