LISBOA, 25 Jan (Reuters) - O CEO do Santander Totta opõe-se a uma eventual nacionalização do 'good bank' Novo Banco, alertando que os custos seriam provavelmente elevados e que a existência de dois bancos estatais distorceria a competição no sector.
"A nossa posição é muito clara. Somos contra a nacionalização. Primeiro porque os custos não estão determinados. A experiência anterior mostra que os custos têm sido muito elevados", disse António Vieira Monteiro, em conferência de Imprensa.
"Não percebo bem o que (existindo a Caixa Geral de Depósitos) farão dois bancos públicos. Poderá haver alguma distorção na concorrência bancária".
Portugal está numa corrida contra o tempo para vender o 'good bank' que nasceu dos escombros do Banco Espírito Santo (BES), 'resolvido' em 2014, pois Bruxelas fixou Agosto como prazo limite para a venda.
"É cedo demais para dizer se pode haver prejuízo ou não para o Fundo de Resolução. Ainda estamos no campo das hipóteses", referiu o CEO do Santander Totta.
O Banco de Portugal anunciou este mês que a 'private equity' dos EUA é a melhor posicionada para vencer a corrida à compra do Novo Banco e vai entrar em negociações aprofundadas, apesar do processo negocial prosseguir com os outros candidatos disponíveis a melhorar ofertas. Brahin, Presidente da Lone Star para a Europa, afirmou que a 'private equity' Lone Star vê enorme potencial no Novo Banco, vai trabalhar "incansavelmente" para selar a compra e está disposta a injectar o capital necessário para garantir que o 'good bank' continuará um pilar forte do sector,
O Governo disse esperar que o aprofundamento das negociações para a venda do Novo Banco, permita concluir rapidamente a operação e garanta a estabilidade da instituição financeira. L5N1EV37S
(Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)