LISBOA, 20 Jul (Reuters) - Os trabalhadores das duas refinarias da Galp GALP.LS , em Sines e em Matosinhos, convocaram uma greve para entre 26 e 31 de Julho, reclamando que os seus direitos sociais não estão a ser respeitados e lamentando a falta de um acordo colectivo de trabalho, segundo um coordenador da Federação intersindical Fiequimetal, Armando Farias.
"Foi aprovada (a greve) no principio do mês, foi emitido pré-aviso de greve. Até agora não há negociações nenhumas. Queremos que eles apliquem um acordo colectivo de trabalho", disse Armando Farias, em declarações à Reuters por telefone.
Indicou, contudo, que a produção nas duas refinarias não deverá parar totalmente.
Armando Farias frisou que a Galp está a desrespeitar uma série de direitos sociais, incluindo a garantia de complementos de reforma.
A Galp detém duas refinarias em Portugal, uma em Matosinhos e outra em Sines, que têm uma capacidade conjunta de refinação de 330.000 barris de crude por dia.
A refinaria de Sines, a maior do país e uma das maiores da Península Ibérica, é responsável por 70 pct da capacidade de refinação em Portugal. Sines tem actualmente uma capacidade de destilação de aproximadamente 220.000 barris de crude por dia. (Por Andrei Khalip e Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)