FRANKFURT, 13 Nov (Reuters) - Os três principais bancos de investimento da Zona Euro estão a enfrentar uma questão que envolve 11.000 milhões de euros por parte do seu supervisor.
Esta é a quantia de capital que o Deutsche Bank DBKGn.DE , o Societé Generale SOGN.PA e o BNP Paribas BNPP.PA teriam que 'levantar', caso fossem solicitados a cumprir um novo patamar mais alto estabelecido pelo Banco Central Europeu, após uma análise à saúde do sector.
Uma década após o início da crise financeira, os supervisores estão ainda a tentar tornar o sector bancário mais robusto e evitar uma repetição do colapso que começou nos mercados e derrubou toda a economia da Zona Euro.
O vice-presidente do BCE, Luis De Guindos, disse que os resultados do teste de stress em toda a Europa foram publicados em 2 de Novembro e que o trabalho não foi realizado.
Os 12 bancos da Zona Euro saíram com capital equivalente a menos de 9 pct dos seus activos depois da simulação e "devem aumentar a robustez e melhorar as posições de capital", acrescentou.
Nessa métrica, o Soc Gen, o Deutsche Bank e o BNP mostram os maiores défices de capital, de 5.400 ME, 3.400 ME e 2.500 ME, respectivamente, segundo cálculos da Reuters.
Tal número é superior ao défice combinado dos outros nove bancos aquém da marca, que incluem os espanhóis Sabadell SABE.MC e BBVA BBVA.MC , o italiano UBI Banca UBI.MI e o alemão Nord-LB.
Com a desaceleração da economia da Zona Euro, os mercados financeiros em turbulência e as acções bancárias já controladas, os analistas foram rápidos em aceitar os comentários de De Guindos.
"Acredito que os supervisores estão prontos para mudar o seu foco (...) e o risco de mercado é o candidato óbvio", disse Marco Troiano, director da agência de 'ratings' Scope.
História completa em inglês (Por Francesco Canepa Traduzido para português por Gonçalo Almeida Editado em português por Sérgio Gonçalves)