O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na quarta-feira estar a “considerar” o pedido da Austrália para que o país desista das acusações contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
Em fevereiro, o parlamento australiano aprovou uma moção que pedia a extradição do cidadão de 52 anos para o seu país natal. Há vários anos que Julian Assange tem lutado contra os esforços de extradição dos Estados Unidos a partir da prisão onde se encontra no Reino Unido.
Questionado sobre o pedido na quarta-feira, durante a receção ao primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, para uma visita oficial, Joe Biden disse: “Estamos a considerar a hipótese”, segundo as agências internacionais.
As autoridades norte-americanas afirmam que Assange colocou vidas em risco ao publicar documentos militares secretos e que procuram há anos a sua extradição sob a acusação de espionagem. O cidadão australiano é perseguido pelos EUA por ter publicado registos confidenciais fornecidos pela antiga analista dos serviços secretos do exército Chelsea Manning, em 2010 e 2011.
De acordo com as agências internacionais, a Austrália argumenta que existe uma desconexação entre o tratamento dado pelos Estados Unidos a Assange e a Manning. Isto porque o antigo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reduziu a pena de Manning de 35 anos para sete, permitindo que esta fosse libertada em 2017.