A justiça britânica adiou esta terça-feira a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, garantindo ao fundador da WikiLeaks autorização para recorrer da sentença e pedindo novas garantias aos EUA.
Se a possibilidade de recurso tivesse sido negada, Assange poderia ter sido extraditado para os Estados Unidos, onde enfrenta acusações de espionagem, em poucos dias.
Durante uma audiência de dois dias, os advogados de Assange argumentaram que as acusações da justiça norte-americana, relacionadas com a divulgação por Assange e pela WikiLeaks de milhares de documentos diplomáticos secretos norte-americanos - ligados às guerras no Iraque e Afeganistão - são politicamente motivadas. Defenderam ainda que o pedido de extradição era ilegal.
Os dois juízes de um tribunal londrino decidiram que os advogados de Assange tinham conseguido construir um caso defensável e que deveriam ter a oportunidade de o apresentar.
Assim, marcaram nova audiência para o dia 20 de maio e vão pedir novas garantias aos EUA. Se os norte-americanos não satisfizerem as condições solicitadas, o recurso será deferido e Assange não será extraditado.