Os principais índices europeus iniciaram a sessão praticamente inalterados – DAX (-0,26%), AEX (-0,03%) e CAC (+0,02%) – num arranque marcado pela chegada a um acordo entre as potências globais e o Irão relativamente ao programa nuclear do último.
O crude recua 2,20% para os USD 51,06 por barril, com a celebração do acordo a sustentar os receios da continuação do excesso de oferta no mercado, devido à expectável retirada de sanções às exportações de crude iranianas.
As yields da dívida soberana da periferia europeia apresentam um desempenho misto, num dia em que o FMI confirmou o não pagamento de EUR 456 mn pelo governo helénico, e com algumas fracções políticas gregas (Gregos Independentes e a fracção de esquerda do Syriza) a declararem a sua recusa aos termos do acordo de princípio estabelecido ontem na cimeira.
Na esfera sectorial, nota para a liderança dos sectores de utilities (-0,61%) e energia (-0,56%) no pólo das perdas, o primeiro penalizado pela RWE, que recua 2,52% após ser alvo de um downgrade para ‘sell’. O sector de consumer staples lidera os ganhos sectoriais.
Destaque final para a BMW, que desvaloriza 0,69%, em seguimento das declarações do parceiro na China que projecta uma queda de 40% nos lucros devido a uma menor procura por modelos premium neste mercado.
O PSI-20 iniciou a sessão com perdas de 0,39%, em linha com o sentimento nos principais índices europeus, com os investidores ainda atentos à Grécia e num dia em que são divulgados importantes indicadores macroeconómicos.
A Galp lidera as perdas (-1,44%), em linha com o comportamento do crude nos mercados internacionais e acompanhando a tendência negativa do sector. As perdas são seguidas pela retalhista Jerónimo Martins (-1,01%) e pela construtora Teixeira Duarte (-0,97%), sem newsflow relevante que justifique.
No sector financeiro, o Banif valoriza 1,52%, o BPI desvaloriza 0,90% e o BCP recua 0,12% num dia em que o último comunicou que o Grupo EDP continua a manter uma participação qualificada no BCP e que o fundo de investimento Cabot Square Capital está a analisar a compra do ActivoBank.