Abertura Europa: Quedas na China pressionam índices europeus
Os mercados accionistas europeus iniciaram negociação com perdas superiores ao ponto percentual – DAX (-1,57%), CAC (-1,82%), IBEX (-1,69%) e FTSE 100 (-1,61%) – após mais uma sessão de expressivas quedas nos índices chineses.
Na primeira sessão após as declarações de Mario Draghi em Frankfurt, em que o presidente do BCE indicou que a credibilidade da instituição está pendente em atingir o target de inflação próxima dos 2%, o sentimento negativo é observado globalmente na esfera sectorial, com os sectores de energia (-2,35%) e consumo discricionário (-2,33%) a liderar a tendência.
A nível corporativo, nota para a queda de 3,59% do Deustche Post que segue penalizado pelo downgrade para ‘underperform’ por uma casa de investimento internacional.
A penalizar o sector de consumo discricionário, nota para Daimler, que recua 3,13% em seguimento de um downgrade para ‘hold’, e para a BMW, que desvaloriza 3,31% após ser avançado que a empresa irá recolher 58 mil veículos no Japão devido a problemas nos Airbags.
No pólo dos ganhos e beneficiando da divulgação de resultados acima do esperado, nota para a Philips (+4,91%) e Siemens (+4,62%).
O PSI-20 iniciou a sessão com perdas de 0,86% seguindo a tendência dos comparáveis europeus. Apenas a Jerónimo Martins (LS:JMT) escapa às perdas (+3,16%), beneficiando da decisão do governo de aplicar uma taxa sobre as vendas a retalho na Polónia abaixo do estimado pelo mercado (1,3% vs. 2% esperados).
Por oposição, a Pharol (LS:PHRA) é o título mais penalizado (-5,63%) após ter dado entrada no tribunal judicial uma acção de responsabilidade contra os seus ex-administradores relativamente aos danos resultantes de aplicações em instrumentos de dívida emitidos por sociedades do Grupo Espírito Santo (LS:ESFN).
O sector de pasta e papel é também um dos mais penalizados da sessão, a Altri (LS:ALSS), Portucel (LS:PTI) e Semapa (LS:SEM) recuam 3,19%, 2,87% e 1,89% respectivamente, sem newsflow especifico que justifique.
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