GBPUSD: Aumento substancial de volatilidade em semana determinante para o Brexit
A volatilidade implícita das opções a curto prazo (1, 2 e 3 meses) sobre o GBPUSD tem aumentando expressivamente desde o início do ano, superando os demais pares que cruzam o USD com as restantes principais divisas mundiais. A presente semana, durante a qual decorrerão três votações-chave não é excepção e o cable, negociando com elevada volatilidade, aproxima-se de uma região técnica (1,3320 – 1,3350) que outrora conheceu, em vários momentos, uma forte competição entre compradores e vendedores.
Hoje, terá lugar, na Casa dos Comuns, o segundo “meaningful vote” em relação ao acordo obtido pelo governo de May com a União Europeia. Apesar da alegada revisão e concessão legal de última hora, conseguida ontem em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker, um cenário de rejeição parlamentar afigura-se verdadeiramente provável. Se a primeira-ministra mantiver as decisões comunicadas ao parlamento na passada semana, seguir-se-á, na quarta-feira, uma votação acerca da eliminação unilateral britânica da possibilidade de Hard Brexit (que acreditamos que será aprovada) e, na quinta-feira, uma votação sobre a possível extensão do prazo de saída (29/03/19), estabelecido no Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que também consideramos que obterá maioria parlamentar.
Referência técnica: Se a visão supra se concretizar, acreditamos que o par poderá continuar a sua tendência ascendente até, pelo menos, voltar a testar os 1,3320, com a possibilidade de um segundo referendo a conquistar maior credibilidade junto dos investidores.
USDMXN: Dólar americano enfrenta resistência técnica, enquanto o México beneficia do clima global de optimismo
O dólar norte-americano tem vindo a ser impulsionado nas passadas semanas, beneficiando da desvalorização de moedas relevantes no USD Index como o euro, o iene japonês e a libra esterlina (efeito negativo do Brexit). O USD Index está a reagir em baixa nos máximos do ano passado.
As moedas emergentes estão a ser beneficiadas pelo clima global de maior apetência por risco. O sentimento de risk-on tem favorecido os índices accionistas e as divisas com maior rentabilidade. As perspectivas de evolução favorável nas negociações comerciais entre os EUA e a China contribuem para este optimismo. Internamente, o presidente Andres Obrador tem vindo a concentrar poder e seguido políticas controversas, nomeadamente referendos populares para tomar decisões críticas para a economia e aumentar as reformas.
Referência técnica: Depois de recuperar em alta desde meados de Janeiro, o USDMXN apresenta movimentos impulsivos em baixa, no contacto com os 38,2% de retracção de Fibonacci da expressiva desvalorização iniciada em Dezembro. Entretanto, o par cruzou em baixa a média móvel de 200 dias. Em termos de ondas de Elliott, o USDMXN poderá ter iniciado a onda 5, que é altamente impulsiva. Em matéria de gestão de risco, consideramos os 19,63. Como zona de objectivo, consideramos os 19,05.
Nikkei 225: Bom momento para activos de risco impulsionam os índices globais
O mercado accionista como um todo encontra-se bastante optimista, com o governo Chinês a suportar a economia e o BCE a suportar os mercados com mais empréstimos à banca. Nos EUA, Powell também tem reforçado que vai abrandar significativamente o ritmo de subida de taxa de juro.
Esta sexta-feira o Banco Central do Japão irá reunir e deverá dar indicações sobre os próximos passos da sua política monetária, bem como a taxa de juro directora que deverá continuar negativa. Kuroda, que lidera o único dos principais bancos centrais a realizar quantitative easing, deverá seguir os seus congéneres e manter um discurso mais facilitista em relação aos estímulos económicos.
Referência técnica: O índice respeita um canal ascendente que vigora desde final de 2018, tendo já cruzado a média móvel dos 100 dias. O RSI mantém-se em sentido ascendente, perto dos 50 pontos, tendo ainda bastante espaço para evoluir no sentido positivo até entrar em terreno de sobre- compra. Os investidores aparentam preservar o optimismo para activos de risco, como é o caso das acções e, portanto, é possível a continuação da valorização dos índices accionistas a curto prazo.
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