S&P 500: Reteste à zona de resistência quebrada em alta oferece nova oportunidade de compra
Na passada semana, a Fed decidiu manter a taxa de juro no actual nível 2,25% – 2,5%. O comité surpreendeu o mercado exteriorizando um tom ainda mais dovish do que era esperado. O dot plot, onde são agregadas as expectativas para a taxa de juro dos membros do FOMC, revelou que para este ano não é esperado mais nenhum aumento de taxa, no entanto, mantém-se a intenção de haver um aumento de taxa de juro em 2020.
Apesar de alguns receios acerca da saúde da economia global, o mercado mantém-se positivo e largamente optimista, com os investidores a manterem a procura por activos de risco.
Referência técnica: A recuperação de praticamente 20% em formato “V” das quedas abruptas do final de 2018 levou o índice a quebrar uma zona de resistência bastante relevante e a corrigir novamente para esta zona fazendo um reteste e assumindo novamente um comportamento positivo. É provável que o mercado continue a tendência positiva pelo menos até ao próximo valor psicológico próximo dos máximos, os 2.900 pontos.
DAX: Índice alemão penalizado pela intensa desaceleração na actividade económica manufactureira
Na passada quarta-feira, o FOMC, comité responsável pela política monetária da Reserva Federal norte-americana, exteriorizou um tom ainda mais dovish do que o esperado, sinalizando que provavelmente não haverá mais subidas de taxa de juro em 2019 (em convergência com as expectativas do mercado), estabelecendo que o fim da redução de balanço deverá ser antecipada para Setembro deste ano e revendo em baixa as perspectivas de crescimento da economia norte-americana para o ano 2019. Perante uma evidente confirmação de desaceleração proveniente da economia do mundo desenvolvido que ainda mantém maior fulgor de crescimento, os vendedores de activos de risco assumiram o controlo do mercado.
Na sexta-feira, a divulgação do índice PMI relativo à manufactura na Alemanha, castigou fortemente os índices accionistas. Este índice de actividade económica referente a Março, desapontou fortemente as estimativas (48), sofrendo uma pesada quebra dos 47,6 para os 44,7, um mínimo de 79 meses, em pleno território de contracção. Os receios de uma intensificação do abrandamento económico foram reiterados.
Referência técnica: O DAX quebrou em baixa uma cunha ascendente, mergulhando abaixo do nível 50 do RSI. Após uma ligeira retoma, a partir de um suporte conferido por uma linha de tendência descendente outrora resistência, o índice testa agora uma dupla resistência (nível horizontal e média móvel exponencial de 100 dias). Na ausência de progressos verdadeiramente tangíveis oriundos da China (particularmente benéficos para a Alemanha dado o seu pendor exportador), no âmbito das negociações com os EUA que decorrerão a partir de quinta-feira, acreditamos que as quedas poderão continuar.
EURNZD: Par depara-se com suporte-chave
Desde a publicação de dados depressivos de PMI (índices de gestoras de compras) na Europa na passada sexta-feira que o euro tem estado pressionado contra diversas moedas.
No pólo oposto, o dólar neo-zelandês tem estado suportado pelos fortes dados económicos, com o crescimento a acelerar no 4o trimestre. O crescimento trimestral do PIB em 0,6% foi impulsionado pela construção e pelos serviços. Registou-se mesmo o maior crescimento trimestral do retalho e da hotelaria desde o campeonato mundial de rugby em 2011. Dez dos 16 sectores monitorizados registaram aumentos.
Referência técnica: O EURNZD está num ponto técnico crucial. Embora os factores fundamentais apontem para uma desvalorização do EURNZD, há um suporte relevante nos 1,6330, podendo ocorrer um ressalto do preço. Para um posicionamento baixista, preferimos entradas depois da ruptura e, preferencialmente, depois um reteste à resistência (actual suporte). Para um posicionamento altista, a definição clara do suporte permite colocar um stop loss conservador face ao potencial de valorização.
EURNOK: Subida de taxas na Noruega e figura de ombro-cabeça-ombro captam interesse para o par
Em contraciclo com a maioria dos bancos centrais, o Norges Bank decidiu subir as taxas de juro na quinta-feira passada, aumentando-as em 0,25 pontos percentuais para 1%. O Norges Bank vê o petróleo como fonte de crescimento e acredita que a utilização de capacidade está acima do nível normal. A inflação subjacente é já ligeiramente superior à inflação-alvo, motivando esta decisão do banco central.
No pólo oposto, temos o euro pressionado pelas medidas facilitistas do BCE e pelos dados depressivos de PMI em França e na Alemanha.
Referência técnica: Estamos perante um head and shoulders top, uma figura clássica de inversão da tendência ascendente. Depois de alguma volatilidade motivada pela média móvel de 200 dias (identificada no gráfico), acreditamos que o EURNOK possa manter a forte tendência descendente. Como gestão de risco, definimos os 9,71. Como objectivo, definimos os 9,5380 numa perspectiva de 2 semanas. Para os traders que preferem uma confirmação adicional para entradas curtas, poderão esperar pela eventual quebra em baixa da linha de tendência ascendente, que remonta a Fevereiro de 2017.
Platina: Pressão técnica e fundamental podem ser suficientes para levar o metal para a base do range
A platina está bastante correlacionada com a estabilidade financeira global, uma vez que é considerado activo de refúgio, e com a indústria automóvel, nomeadamente motores a gasóleo. Desta forma, não existem grandes argumentos a favor da evolução positiva deste metal, uma vez que os mercados financeiros se mantêm em tendência positiva e o mercado automóvel continua a desinvestir nos carros a diesel e a mudar para os carros a gasolina e eléctricos.
O sucessivos atrasos na resolução das tensões comerciais entre EUA e China continuam a pressionar a indústria automóvel que se mantém perto dos mínimo de 2018, prejudicando também a procura por matérias-primas.
Referência técnica: A platina atinigiu novamente a resistência dos $875 pela quarta vez des de Junho de 2018, formando agora um possível duplo topo que projectaria o preço no sentido descendente. É possível que a platinha caia até à média móvel dos 100 dias a curto prazo e eventualmente até à base do range, cerca de 7% abaixo.
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