EURUSD: Após subida da taxa de juro, fraqueza do USD impulsiona par para o limiar superior do canal ascendente
Na passada semana, Jerome Powell estreou-se na liderança da Reserva Federal norte-americana com uma subida da taxa de juro em 25 pontos base para 1,50% - 1,75%. O Dot Plot continuou a apontar para apenas três subidas em 2018, mas para 2019 e 2020, o mesmo gráfico sugere uma aceleração do ritmo de subidas. Powell manteve um discurso optimista face à economia norte-americana, com o banco central a rever em alta as projecções para o crescimento do PIB e avanço da inflação durante o período 2018 – 2020.
A interpretação do tom do discurso por parte do mercado não foi clara, dada a sua componente mais dovish a curto prazo e mais hawkish a médio prazo. O USD acabou por desvalorizar até ao fim da semana, também penalizado pelos receios de escalada de uma guerra comercial.
Referência técnica: Com a isenção das taxas alfandegárias aplicáveis à Europa e o adiamento da discussão do imposto sobre receitas das empresas tecnológicas a ser aplicado pela UE, o sentimento de risk-on voltou e o euro beneficiou de força compradora. Após ter quebrado a resistência na zona dos 1,24, o par testou minuciosamente o limiar superior do canal ascendente, voltando rapidamente para o nível referido. Perante uma valorização do USD a curto prazo – uma visão também sustentada pelo estocástico lento – , podemos assistir a um regresso ao canal lateral entre 1,2360 e 1,2280.
USDCNH: Apesar das taxas alfandegárias, yuan chinês atinge meta assinalável na sua forte tendência descendente
Horas após a subida de taxa de juro por parte da Reserva Federal norte-americana na passada semana, também o Banco Popular da China deliberou o aumento dos custos de financiamento interbancário a curto prazo, ao elevar a taxa de referência das operações repo em 5 pontos base para 2,55%.
Depois de uma pronunciada queda, a incerteza em torno das taxas alfandegárias que Trump aplicaria à China motivou um período de consolidação junto ao importante suporte dos 6,30. Mesmo com a confirmação (ainda não detalhada) destas e uma comedida resposta por parte da China em relação às taxas sobre aço e alumínio, o CNH conseguiu valorizar contra o USD, quebrando com forte pressão vendedora o referido nível técnico.
Referência técnica: Não obstante os desenvolvimentos aparentemente positivos relativos às eventuais negociações comerciais entre EUA e China, o USD intensificou a sua persistente fraqueza. Tipicamente, os pares com divisas emergentes apresentam maior propensão para encetar movimentos em clara tendência. A perda do suporte nos 6,30 coloca o par a revisitar valores anteriores à propositada desvalorização do yuan em 2015. As referências para uma eventual continuação das quedas semanais são os mínimos de 2015 (6,20 - 6,19) e, posteriormente, o intervalo 6,14 - 6,11.
AUDCAD: Par regressa a nível-chave de suporte, onde poderá reagir positivamente
O dólar australiano tem sido pressionado, devido à forte relação comercial com a China e à possibilidade deste país ser penalizado pelas taxas alfandegárias pretendidas pelos EUA. A Austrália tem beneficiado não só da exportação de metais industriais para a China como também dos fluxos de turistas e estudantes chineses no país. Qualquer obstáculo à economia chinesa prejudica as perspectivas para os activos australianos.
O dólar canadiano registou uma forte valorização na passada semana, em linha com o desempenho fortemente positivo do crude. Com o crude a encontrar resistência no máximo anterior deste ano, vemos um elevado risco para o dólar canadiano e a possibilidade de haver saída de fluxos de investimento.
Referência técnica: O cruzamento do estocástico lento no limiar inferior do intervalo reforça a nossa visão altista para o AUDCAD. A proximidade a um forte nível de suporte horizontal e os 50% de correcção de Fibonacci facilitam a gestão de risco.
NZDUSD: Formação de canal descendente
O par NZDUSD tem encetado uma tendência negativa em reacção à forte resistência que ronda os $0,7432. Embora o dólar tenha vindo a perder força consistentemente, depois de uma corrida de quase 600 pips desde o final de 2017, o NZD tem mostrado dificuldade em continuar a subir.
A inflação na Nova Zelândia continua manifestamente baixa, existindo ainda espaço para descida de juros e políticas monetárias expansionistas, abrindo espaço para uma eventual desvalorização da divisa.
Referência técnica: O par tem respeitado a zona de suporte $0,7175 com precisão pelo que confere o primeiro objectivo do canal descendente, ainda assim o NZDUSD mantém-se em tendência positiva no médio-prazo acima da média móvel dos 100 dias.
AEX 25: Índice accionista holandês reage positivamente no contacto com a zona de suporte
Os receios de abrandamento global devido às taxas alfandegárias iniciadas pelos EUA têm sido apaziguados nos últimos dias. Os desenvolvimentos aparentemente positivos para a relação comercial entre a China e os EUA, que têm assumido uma perspectiva construtiva, tem suportado os activos de risco, levando os índices accionistas a aguentar níveis de suporte técnico.
Metade do índice holandês depende de quatro empresas: Royal Dutch Shell (sector de petróleo e gás), Unilever (LON:ULVR) (bens de consumo), ING Group (banca) e ASML (tecnologia).
Referência técnica: O cruzamento do estocástico lento no limiar inferior do intervalo reforça a nossa visão altista para o índice da bolsa de Amesterdão. A linha de tendência ascendente, que tem vindo a ser respeitada desde Junho de 2016, foi revisitada na sexta-feira, tendo o índice reagido positivamente. Como primeiro objectivo, encaramos os 535 pontos, onde se situa a média móvel de 200 dias. O nível seguinte situa-se nos 540 pontos.
EuroStoxx50: Formação de canal descendente e quebra de suporte apresenta oportunidades
O índice accionista de referência para a Europa permanece pressionado desde o início do ano, altura em que graficamente configurou um padrão de duplo topo. Esta inversão tem tido vários catalisadores, nomeadamente, tensões entre o Reino Unido e União Europeia na sequência do Brexit, tensões políticas na Itália e desenvolvimentos negativos na Catalunha, todos estes factores levam a alguma apreensão por parte dos investidores.
O EuroStoxx mantém-se pressionado também pela continuação da valorização do euro face ao dólar que prejudica a economia europeia face à norte-americana.
Referência técnica: Graficamente o índice permanece consistentemente abaixo da média móvel dos 100 dias, um sinal de que se poderá estar perante uma tendência descendente. Recentemente assistiu-se também à quebra de uma zona de preço relevante assinalada a verde.
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