De acordo com um relatório da Bloomberg Economics, a Alemanha corre o risco de entrar numa espiral económica descendente que parece quase irreversível. Nos últimos cinco anos, a maior economia da Europa registou perdas de crescimento consideráveis: O produto interno bruto (PIB) está cinco por cento abaixo do nível que teria sido possível sem as perturbações provocadas pela pandemia. As famílias estão sujeitas a uma pressão financeira crescente, enquanto os políticos ainda não apresentaram soluções convincentes.
Choques estruturais afectam a competitividade
O relatório identifica os desafios estruturais como as principais causas da atual crise. A perda do gás russo barato e as dificuldades na indústria automóvel, em especial na Volkswagen (ETR:VOWG), enfraqueceram a economia alemã. Em consequência, as famílias alemãs estão a perder cerca de 2 500 euros por ano em rendimentos. De acordo com as estimativas, será difícil colmatar este défice.
Amy Webb, diretora-geral do Instituto Future Today, alerta para as consequências a longo prazo: “O declínio da Alemanha não é um colapso súbito, mas um processo gradual que vai piorar gradualmente a vida das pessoas - possivelmente para o resto das suas vidas.” O impacto na Europa também poderá ser grave, uma vez que o desequilíbrio económico continuará a agravar-se.
A desindustrialização como problema central
De acordo com os especialistas, a rápida desindustrialização na Alemanha exige um repensar fundamental da estrutura económica. No entanto, Stefan Koopman, Estratega Macro Sénior do Rabobank, vê poucos sinais de tal mudança até agora. As indústrias de energia intensiva debatem-se com um aumento acentuado dos custos de produção, enquanto as exportações estão a diminuir e as empresas investem menos na Alemanha.
As consequências estão também a fazer-se sentir no mercado de trabalho: a taxa de desemprego atingiu 6% em 2024, o nível mais elevado desde 2016, e grandes empresas como a Thyssenkrupp (ETR:TKAG), a Bosch (NS:BOSH) e a Ford (NYSE:F) anunciaram grandes cortes nos postos de trabalho. Embora os despedimentos obrigatórios na Volkswagen tenham sido evitados por enquanto, o Grupo continua a planear a redução de mais de 35 000 postos de trabalho até 2030.
A electromobilidade e a falta de mão de obra qualificada como desafios adicionais
A transição para a electromobilidade traz outros desafios. De acordo com a Associação Alemã da Indústria Automóvel (VDA), o emprego neste sector poderá diminuir em 186.000 postos de trabalho até 2035. O especialista em mercado de trabalho Enzo Weber sublinha que o verdadeiro problema não reside apenas na perda de empregos antigos, mas sobretudo na falta de criação de novas oportunidades de emprego e de investimento em áreas futuras.
Continuam a existir oportunidades de reforma
Apesar da situação preocupante, a Bloomberg Economics também vê oportunidades para a Alemanha. O rácio de endividamento comparativamente baixo em relação aos padrões internacionais oferece margem para investimento. Os economistas prevêem uma recuperação económica moderada a médio prazo. No entanto, isto não deve ocultar o facto de serem urgentemente necessárias reformas profundas. “Os políticos não devem ver uma melhoria temporária como motivo para adiar as medidas urgentes”, adverte Salomon Fiedler, do banco privado Berenberg.
E mesmo que os políticos tomem o rumo certo e importante no próximo ano, essas medidas não terão efeito imediato, mas levarão tempo. Entretanto, a situação pode deteriorar-se dramaticamente para todos na Alemanha. E é precisamente por isso que, provavelmente, nunca foi tão importante tomar as decisões corretas e fazer provisões privadas. Não só na Alemanha, mas em toda a Europa.
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