Boa tarde! Espero que estejam bem, e a ter uma ótima quinta-feira! Hoje vou deixar aqui o último capítulo desta mini-série de artigos sobre o Dólar ($)! Após começar a falar sobre as taxas de juro diretoras de alguns países, posteriormente apresentar algumas métricas/perspetivas económicas, irei dar agora uma finalização a este tópico!
Comecemos pela história que creio que todos os investidores/entusiastas dos mercados financeiros e economia sabem, se a economia desacelerar a escala global mais do que é esperado, a medida que se vá sentindo o Quantitative Tightening (QT) no sistema financeiro, o Dólar ($) tenderá a apreciar-se, pois, o seu “status” é o de “porto-seguro” quando as coisas tendem a correr “menos bem” na economia mundial! O que faria com que o Dólar ($) continua-se o seu caminho de valorização dos últimos anos.
Pelo contrário, para se ver uma depreciação do Dólar ($) a longo prazo, é preciso ver melhorias substancias no campo económico (modo geral) noutras economias desenvolvidas e economias emergentes.
Relativamente a Europa, é possível ver que alguns países do “velho continente” traçaram aquilo que se denomina “Plano de Recuperação e Resiliência” no contexto pós-pandémico! Por exemplo, a Alemanha parece disposta a “pouco e pouco” ir dando um impulso a sua indústria e consequentemente aos seus consumidores, com o alívio da carga fiscal! Embora por vezes tenhamos que andar para trás, isto é, ficar com “déficit comercial” na tentativa de posteriormente ir buscar benefícios futuros, tentando assim chegar a um “superavit comercial”! Mas o “BCE” deverá ter sempre “em mira” o capítulo inflacionista, pois, não se deve perder o mesmo de vista, pois, com um alívio fiscal maior, e uma inflação crescente, só iremos agravar o problema atual de dívida!
Ainda relativamente a Europa, os economistas desenvolveram a ferramenta “TPI” e até que pode funcionar, pois, o “BCE” não deverá querer outra crise de dívida ou um romper do Euro (€), e é aí que o “TPI” pode funcionar bem, isto é, se o souberem usar da forma correta! O “BCE” até que não se têm portado mal relativamente a questões que se têm enfrentado nos últimos anos (Brexit, pandemia e invasão da Ucrânia, energia, setor bancário), e os investidores parecem estar tranquilos, claro que do parecer ao ser, ainda vai uma longa distância, isto é, apesar de Christine Lagarde ter por vezes conferências de imprensa “inéditas e por vezes até alguns momentos de humor”, as coisas estão tranquilas dentro do intranquilo!
Depois de Kazuo Ueda ter começado a capitanear a armada japonesa, o Japão quer começar um caminho “lento e (possivelmente) muito árduo” de normalização da sua política monetária, em simultâneo, não “abanando” muito a estrutura da sua economia!
Relativamente aos mercados emergentes, é nos possível ver que muitos deles têm aquilo a que se denomina “disciplina monetária”, pois, mantém as taxas de juro diretoras altas diante de uma inflação galopante, e em simultâneo, vão moderando o estímulo monetário, seja pelo (QE) ou por outras políticas monetárias não convencionais!
Obrigado e continuação de uma ótima tarde!