Boa tarde! Espero que se encontrem todos bem de saúde e aos demais níveis da vossa vida. Hoje irei falar sobre a questão que faço no título deste artigo, “Inflação e IPC, são a mesma coisa?”, é isso que iremos ver já a seguir!
O que é a inflação?
A “Inflação” nada mais é, do que a perda de poder de aquisição por parte de uma moeda de um determinado país.
O que é o IPC?
O IPC, na forma como é calculado atualmente, é uma “cesta de produtos/bens” que as entidades estatísticas analisam para estimar o consumo “habitual” de uma família. Quando se introduzem desequilíbrios que mudam a fórmula de cálculo dessa mesma “cesta de produtos/bens”, podemos estar perante uma “Manipulação de dados”. Exemplos como o “Limite ao Preço do Gás” e o “Limite ao Aumento de Rendas” impostos pelo Governo para “tentar” ajudar ao máximo o consumidor, ajudam a explicar possíveis manipulações de dados em diversas regiões ao redor do mundo.
Inflação vs IPC?
Enquanto a “Inflação” não se fixa em bens e serviços concretos, mas sim numa subida generalizada dos preços dos “produtos/bens” de uma economia de um determinado país, muitas das vezes os Bancos Centrais fiam-se no “IPC ou IPC Subjacente” para fazer estimativas da “Inflação”, para assim darem a ideia que a “Inflação” de forma generalizada não está tão má como se quer fazer conhecer. Enquanto a métrica que estes mesmo Bancos Centrais gostam de utilizar para assim continuar com a sua política económica restritiva, é o “IPC Subjacente”, além de outros indicadores agregados, tal como o é o desemprego.
Quando os Bancos Centrais diziam que a “Inflação” era transitória, a métrica que tinham em atenção era o “IPC Subjacente”, pois, não haveria motivo para se dar início a uma subida da taxa de juro diretora tão rápida como a que houve até ao momento atual, no entanto, o “IPC” começou a ser utilizado aquando da mudança da palavra “Transitória” para “Persistente”, notando-se que nessa altura, que o avanço que o “IPC” levava era já considerável, e esse aumento do “IPC” foi o argumento da FED por muito tempo para a subida da taxa de juro diretora. Agora o que vemos é o cenário inverso, isto é, um “IPC” com tendência de queda, e um “IPC Subjacente” que teima em não apresentar uma clara estrutura descendente, e este mesmo fator aliado ao crescimento dos salários que se apresentava até a bem pouco tempo, sustentavam estas mudanças bruscas na taxa de juro diretora, mas os argumentos para o contínuo aumento da taxa de juro diretora por parte da FED, começam a faltar, mas certamente mais argumentos vão surgir com o tempo!
O problema reside muitas vezes em utilizar o “IPC” para o cálculo da “Inflação”, mas quando se tomam medidas ao nível governativo, pode haver uma “manipulação dos dados” como frisei anteriormente, o que pode levar a sua incorreta interpretação.
Obrigado!