A abertura das praças europeias foi marcada por fortes quedas pela segunda sessão consecutiva colidindo com a correção que se tinha verificado até segunda-feira.
Certamente que os movimentos das bolsas voltaram a obedecer aos movimentos do petróleo. Não é por acaso que os máximos semanais do petróleo coincidam com o fecho dos mercados na Europa. E ontem, no inico da tarde, o ouro negro desenvolveu um novo impulso negativo, que desde aí está a prejudicar completamente as bolsas.
Desde a tarde de ontem que o petróleo perde mais de 2dolares por barril, afetado pelas novas declarações dos produtores da OPEP que desvanece a esperança de chegar a um acordo para limitar o excesso de oferta. Ontem o Irão considerou o acordo de congelar a oferta ridícula, e a Arabia Saudita negou a possibilidade de avançar para uma redução da oferta. Com esta dualidade no tom das declarações é normal que a volatilidade de petróleo permaneça elevada. E brevemente teremos vozes de outros produtores da OPEP lançando a ideia de é possível alcançar um acordo para estabilizar o preço.
As quedas do petróleo ativam a correlação de movimentos que temos visto este ano. Posto isto, temos o sector bancário a sofrer, juntamente com as empresas de petróleo e recursos básico, e por outro lado os ativos refúgio como o ouro apreciam. Em suma, o petróleo volta aos vaivéns, aumentou a sua volatilidade quando parecia que tinha estabilizado em torno dos 35$. Provavelmente, em breve teremos novas declarações que farão o petróleo recuperar posições.