Atualidades da semana 43 de 52
• Esta semana, soube-se que a Amazon (NASDAQ:AMZN) cresceu o seu negócio publicitário em 25 %. Contrariando a tendência dos seus pares de publicidade digital Facebook, Google e Snap (NYSE:SNAP), cujos negócios de publicidade foram arrasados devido ao ambiente económico e às mudanças de privacidade do iOS da Apple (NASDAQ:AAPL) no ano passado, os resultados superaram as estimativas dos analistas de $9,48 mil milhões de dólares.
O investimento das marcas está a recuar, mas ainda não em formatos e plataformas que funcionam realmente bem. Embora não sejam conhecidos os segmentos do negócio de anúncios da Amazon, o crescimento é impulsionado pelo sucesso dos anúncios de produtos patrocinados que parecem estar em todas as pesquisas da Amazon, nos dias de hoje. Para isso, o crescimento de 7 % da Amazon no seu negócio de compras online - uma melhoria em relação à decadência do último trimestre - não prejudicou.
Embora tenha destacado o crescimento dos anúncios, os investidores da Amazon não ficaram propriamente contentes. As ações afundaram-se, já que as receitas da empresa do quarto trimestre seriam inferiores ao esperado. O seu negócio comercial ainda perde bastante dinheiro após o investimento em armazéns e recursos humanos. Vale a pena lembrar que a Amazon só é lucrativa, devido à AWS e aos anúncios e não ao comércio online regular na transação de produtos.
• A Apple anunciou resultados abaixo do esperado para o seu último trimestre - pelo menos na perspetiva dos investidores. As receitas de serviços, como a App Store, cresceram 5 %, menos de metade da taxa do último trimestre. (A empresa anunciou aumentos de preços para a Apple Music e Apple TV+.) As receitas do iPhone foram um pouco mais fracas do que o esperado.
Claramente, a queda está a atingir os grandes.
• A pressão sobre a atividade principal da Meta Platforms (NASDAQ:META) mostrou uma queda de 4 % nas receitas do ano passado para 27,7 mil milhões de dólares, enquanto os lucros caíram cerca de metade.
Considere isto:
Fevereiro de 2016: As ações do Facebook fechavam abaixo dos 100 dólares. Hoje, estão a 97,94 dólares.
Em 2016, o Facebook tinha pouco mais de mil milhões de utilizadores ativos diários. De momento, a plataforma tem quase 2 mil milhões.
A empresa tinha apenas 12 691 empregados. Atualmente, tem 87,314.
Tinha pouco menos de 18 mil milhões de dólares de receitas no seu percurso de 12 meses na altura. Hoje, esse número é de 118 mil milhões de dólares.
A maioria dos investidores valoriza as empresas com base nos seus futuros fluxos de caixa esperados. E os dados da S&P Global Market Intelligence mostram que a empresa acaba de publicar o seu fluxo de caixa trimestral mais baixo desde 2012.
• Os resultados financeiros indicaram que a Meta não está a abrandar nos seus gastos no metaverso, com o Reality Labs - o departamento responsável pela construção de dispositivos de realidade aumentada e virtual - a reportar 3,6 mil milhões de dólares em perdas para o trimestre, acima dos 2,6 mil milhões de dólares do ano passado.
"Prevemos que as perdas de exploração dos Reality Labs em 2023 vão crescer significativamente de ano para ano", afirmou o diretor financeiro da empresa em observações preparadas.
A Meta está sob pressão crescente para controlar os custos à medida que luta com o impacto das mudanças de privacidade da Apple, agravando as condições macroeconómicas e a concorrência da TikTok nas suas receitas publicitárias.
A empresa mostrou algum crescimento no número de utilizadores: O número de utilizadores mensais ativos em toda a família de aplicações Meta subiu 4 % a 3,71 mil milhões até 30 de setembro. O crescimento na aplicação Facebook foi mais lento: A aplicação tinha 2,96 mil milhões de utilizadores mensais ativos no Facebook a 30 de setembro de 2022, um aumento de 2 % em relação ao ano anterior.
• OpenAI, cujo software para gerar texto e imagens originais galvaniza o interesse na inteligência artificial (IA), concordou em liderar um investimento de dezenas de milhões de dólares na Descript, uma aplicação de edição de áudio e vídeo, com uma avaliação de cerca de 550 milhões de dólares.
O cofundador da Groupon, Andrew Mason, fundou a Descript, que utiliza a IA para algumas características. O acordo aprofunda a relação da OpenAI com outras empresas movidas a IA. A empresa de São Francisco discute um novo financiamento importante com a Microsoft (NASDAQ:MSFT), após os investidores o terem avaliado no ano passado em cerca de 20 mil milhões de dólares.
• Todos os olhos estão postos em Elon Musk na aquisição do Twitter.
Elon Musk mudou a sua descrição na biografia do Twitter para 'Chefe Twit' e levou um lava-loiça de cozinha para a sede do Twitter na quarta-feira, sinalizando que se prepara para assumir o controlo da empresa hoje, sexta-feira.
Na quarta-feira anterior, twittou que «uma coisa bonita sobre o Twitter é a forma como dá poder ao jornalismo cidadão - as pessoas conseguem divulgar notícias sem um preconceito do já estabelecimento».
O CEO da Tesla (NASDAQ:TSLA) deverá completar a aquisição do Twitter no valor de 44 mil milhões de dólares, na sexta-feira, ou enfrentar o reinício de um julgamento do processo judicial do Twitter, obrigando-o a encerrar. Musk tinha concordado em comprar a empresa em abril, para recuar em julho, após as ações terem caído bruscamente, num contexto de mercado com abrandamento económico. Perante uma provável perda no julgamento, Musk mudou de ideias.
Na terça-feira, a Bloomberg relatou que os bancos que forneciam 13 mil milhões de dólares em financiamento e estavam a dar os retoques finais à papelada, resolvendo uma das questões-chave pendentes sobre o financiamento de Musk. Entretanto, os investidores assinalaram a sua crescente confiança no fecho do negócio, uma vez que as ações do Twitter subiram mais de 1 %, na quarta-feira, para $53,35, menos de um dólar abaixo do preço de oferta do Musk de $54,20.
• A empresa-mãe da Google, Alphabet (NASDAQ:GOOGL), relatou um crescimento de receitas de 6 % no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior, a sua segunda desaceleração trimestral sucessiva que sugere um agravamento no desinvestimento da publicidade.
As receitas do YouTube caíram quase 2 % para $7,1 mil milhões, a primeira vez que a unidade registou um declínio desde que a empresa começou a apresentar as suas receitas em 2019.
As perdas na unidade Google Cloud, o maior negócio da empresa fora da publicidade, alargaram 8,5 % para 699 milhões de dólares.
Isto marcou o segundo trimestre consecutivo em que as perdas pioraram em relação ao mesmo período do ano anterior, sublinhando como tem sido difícil para a empresa gerar lucros em contraste com a sua rival muito maior, a Amazon Web Services.
No terceiro trimestre, as empresas recuaram significativamente nos gastos com anúncios no Google Search no meio da incerteza macroeconómica, disse Philipp Schindler, Chief Business Officer da Alphabet, sobre lucros com analistas.
• O Shopify cresceu as receitas em 22 % no trimestre mais recente, impulsionado por um impulso no seu negócio de processamento de pagamentos.
• A Pinterest (NYSE:PINS) foi uma das poucas empresas na área das redes sociais que teve uma boa prestação nas ações, após apresentação dos lucros trimestrais, subindo quase 10 % em poucas horas. A empresa registou um crescimento de receitas de 8 %. Os utilizadores mensais ativos mantiveram-se estáveis.
• A TikTok vai adicionar um separador para jogos na sua página inicial, que incluirá espaço para anunciantes e opções adicionais para conteúdos pagos, de acordo com o The Financial Times.
• A empresa de serviços financeiros, Blockchain.com, presente também na bolsa americana, está em conversações para angariar novos fundos com uma valorização entre 3 mil milhões e 4 mil milhões de dólares, em comparação com a valorização de 14 mil milhões de dólares que se verificou em março, de acordo com a Bloomberg.
• O novo CEO da Pinterest, Bill Ready, tem uma visão para a empresa: No futuro, todos os produtos em Pinterest serão comercializáveis.
Um utilizador não precisará de navegar para um separador de compras separado e poderá, em vez disso, comprar um produto onde quer que esteja na aplicação de scrapbooking digital. No entanto, os criadores já não são a parte mais importante desse plano.
«No ano passado, concentrámo-nos quase exclusivamente em atrair criadores para carregar vídeos na nossa plataforma», disse Ready numa chamada com investidores. «Contudo, aprendemos mais sobre os tipos de vídeos que ressoam com os nossos utilizadores e descobrimos que também podemos obter vídeos de alta qualidade e outras formas de conteúdos rich media a partir de fontes além dos criadores.»
De acordo com o CEO da Pinterest, uma parte maior desse conteúdo no Pinterest vem de marcas e parceiros editoriais como Tastemade e Refinery 29. A oferta de vídeos da Pinterest aumentou três vezes no último ano e as suas receitas provenientes de anúncios de compras cresceram 50 % entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano.
• A Apple fez uma pausa nos anúncios relacionados com jogos de azar e várias outras categorias nas suas páginas de produtos App Store, de acordo com a MacRumors, citando uma declaração da empresa.
A decisão vem depois de a Apple ter começado a lançar anúncios de aplicações móveis em duas novas secções da App Store, incluindo em páginas de produtos de aplicações individuais. Alguns criadores disseram que os anúncios não relacionados com as suas aplicações - ou aqueles que promovem jogos de azar ou outros conteúdos para adultos - eram mostrados com as suas próprias ofertas, prejudicando as suas marcas.
A Apple lançou anúncios de pesquisa em 2016, mas tem vindo a crescer o negócio cautelosamente, introduzindo apenas anúncios no separador Pesquisa da App Store no ano passado. Este ano, anunciou novos anúncios no separador de Today e nas páginas de produtos da App.
Estima-se que o negócio dos anúncios trouxe cerca de 4 mil milhões de dólares no ano passado.
• A Microsoft, no relatório de receitas de ontem, revelou que o seu serviço de partilha de código GitHub atingiu mil milhões de dólares em receitas anuais recorrentes.
Este número é, aproximadamente, quatro vezes a receita que a GitHub terá gerado quando a Microsoft o adquiriu por 7,5 mil milhões de dólares em junho de 2018. Foi o último sinal da decisão do CEO, Satya Nadella, de há vários anos de abraçar o software de código aberto que beneficiou o gigante do software.
Apesar da concorrência de empresas como GitLab e Atlassian, a GitHub manteve a sua popularidade e viu a sua base de utilizadores ativos crescer para 90 milhões.
Um fator-chave foi a decisão da Microsoft de operar a GitHub independentemente, tal como fez com o LinkedIn.
• O Web Summit 2022 realiza-se em Lisboa de 1 a 4 de novembro, estando previstos mais de 70 000 participantes e acima de 2600 startups e empresas, 1120 investidores e 1040 oradores, como revelado numa recente conferência que reuniu Paddy Cosgrave, CEO da Web Summit, e António Costa Silva, ministro da Economia e Mar.