Ontem, na quinta-feira (02.06), os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo reuniram-se para decidir os preços futuros, todavia sem chegar a um acordo exceto para a nomeação de um novo cartel secretário geral Mohammed Barkindo, da Nigéria. Os participantes não foram capazes de chegar a um acordo sobre a redução ou congelamento dos preços, mas aceitaram estabelecer novos limites de produção de petróleo. Como resultado, o preço do barril de petróleo Brent atingiu 50,3 USD, voltando ao fim do dia para 48,9 USD.
Hoje, durante a sessão asiática, o preço do petróleo retornou a 50 USD, forçando os traders a buscarem novos drivers à dinâmica cambial das cotações. De fato, as esperanças estão depositadas no crescimento relativamente estável dos índices acionários asiáticos, uma vez que irão definir o cenário externo em termos moderadamente positivos para as negociações na Europa.
Além da reunião da OPEP, ontem tivemos a importante reunião do BCE que, todavia, não trouxe surpresas. A taxa base de juros e a taxa de depósitos foram mantidas a níveis inalterados de 0% e -0,4%, respectivamente. Da mesma forma, o regulador manteve inalterado o volume mensal de recompra de obrigações no mercado a 80 bilhões de euros. Como resultado, o par EUR/USD caiu de 1,1220 para 1,1150 e hoje vem sendo negociado na sessão asiática no intervalo entre 1,1140 e 1,1160.
Hoje, às 14:30 EET, teremos a publicação de um dos mais importantes relatórios do mercado cambial, o Índice de Novos Empregos em Setores não Agrícolas (Non-Farm Payrolls), uma vez que fornece uma visão geral da inflação dos EUA e dá pistas relacionadas à direção da taxa de juros. Espera-se o nível de desemprego vai cair até o final de maio para 4,9% em comparação com os 5,0% em abril. Se os dados divergirem fortemente das expectativas, teremos volatilidade significativa.