(Atualiza com dados oficiais de fechamento e mais informações)
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO, 7 Abr (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira pelo segundo pregão seguido, com bancos entre os principais suportes, embora o enfraquecimento em Wall St tenha afastado as ações domésticas das máximas da sessão, quando se aproximou de 80 mil pontos.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa .BVSP subiu 3,08%, a 76.358,09 pontos, tendo chegado a 79.855,48 pontos no melhor momento do dia. O volume financeiro somou 26,8 bilhões de reais.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 .SPX perdeu fôlego à tarde e encerrou em baixa de 0,16%, a 2.659 pontos, após chegar a 2.756 pontos na máxima. Na Europa, o FTSE 100 .FTSE , em Londres, avançou 2,19%, depois de a bolsa de Tóquio ter fechado com o Nikkei .N225 com elevação de 2,01%.
A trajetória positiva nos mercados globais refletiu perspectivas de que o ritmo de contágio em algumas regiões na Europa e nos EUA pode ter alcançado o pico, ou estar próximo, mas a piora das bolsa em Nova York, mostrou que as incertezas continuam elevadas.
Ainda há dúvidas relevantes sobre o efeito das medidas de restrição de circulação nas economias, bem como o momento em que terá início a retomada da atividade econômica.
O BNP Paribas (PA:BNPP) voltou a revisar sua projeção para o PIB do Brasil e agora espera contração de 4% em 2020, acompanhada de forte deterioração fiscal. Eles calculam que, em razão de medidas para atenuar os efeitos da pandemia, a dívida bruta deve subir para cerca de 90% do PIB. secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou que o setor público consolidado brasileiro caminha para registrar um déficit primário de até 500 bilhões de reais neste ano por causa do impacto da crise do Covid-19, mas frisou que a questão fiscal não é prioritária no momento. YDUQS ON YDUQ3.SA avançou 19,32%, encontrando suporte na retomada do apetite a risco, uma vez que o papéis têm sofrido com preocupações sobre o efeito da pandemia no ritmo de atividade do setor, bastante sensível a dados de emprego e renda. COGNA ON COGN3.SA fechou em alta de 6,67%.
- BR DISTRIBUIDORA ON BRDT3.SA valorizou-se 14,97%, também experimentando recuperação após sofrer vendas com as perspectivas de menor demanda de combustíveis. ULTRAPAR ON UGPA3.SA subiu 3,54% e COSAN ON CSAN3.SA mostrou ganho de 2,72%.
- BRADESCO PN BBDC4.SA e ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA subiram 3,76% e 3,7%, respectivamente, com o setor mostrando ganhos expressivos. BANCO DO BRASIL ON BBAS3.SA ganhou 4,7%.
- PETROBRAS PN PETR4.SA fechou com elevação de 3,99% e PETROBRAS ON PETR3.SA mostrou aumento de 2,54%, mesmo com a queda do petróleo no exterior. A petrolífera aprovou uma produção de petróleo no Brasil para abril de 2,07 milhões de barris por dia (bpd), enquanto acena com parcelamento de fatura de distribuidoras de gás. Ainda, o Credit Suisse reduziu o preço-alvo do ADR PBR.N para 14 dólares, de 21 dólares antes, mas manteve a recomendação 'outperform'. VALE ON VALE3.SA avançou 1,51%, acompanhando o movimento de papéis de mineração e siderurgia na Europa .SXPP , diante das perspectivas mais positivas para a retomada da economia chinesa após o efeito negativo do novo coronavírus.
- GOL PN GOLL4.SA subiu 7,88%. A aérea suspendeu suas projeções e estimou manter a maior parte de sua frota em terra em abril e maio, além de divulgar outras medidas e projeções preliminares para o resultado do primeiro trimestre AZUL PN AZUL4.SA fechou estável, com a sessão marcada pela divulgação de dados de tráfego em março, que refletiram os primeiros impactos da pandemia de Covid-19. Na máxima, mais cedo, saltou 14,7%. NOTRE DAME INTERMÉDICA ON GNDI3.SA subiu 11,63%, em meio ao sentimento mais positivo em relação ao ritmo de contágio do novo coronavírus. No setor de saúde, HAPVIDA HAPV3.SA avançou 12,33% e QUALICORP ON QUAL3.SA avançou 9,67%.
- SUZANO ON SUZB3.SA caiu 7,07%, entre as poucas baixas da sessão, marcada pelo declínio do dólar ante o real. O papel também vem de uma valorização de mais de 11% nos primeiros pregões de abril. KLABIN UNIT KLBN11.SA recuou 2,37%.
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(Edição de Aluísio Alves)